Porque me ufano deste pais

8 nov • NotasNenhum comentário em Porque me ufano deste pais

Homens e mulheres deste glorioso País! Para começar o meu diário da semana, aquele que leva o título de “querido diário” como se eu fosse um adolescente, devo dizer para meus leitores e leitoras que vivemos um tempo de vaca não reconhecer o bezerro.

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Os jornais não divulgam fotos das manifestações, por erradas que sejam para muita gente. Nem as televisões mostram imagens dos fatos ocorridos sábado e domingo. Não vou entrar no mérito. Mas acho que, finalmente, os meios tradicionais de comunicação estão praticando Ocultismo, uma seita tenebrosa.

Também observo que o antigo provérbio popular usado como metáfora para chuva pesada, “choveram canivetes”, agora mudou para “choveram tesouras”. Instrumento muito útil quando só é usado para cortar coisas, mas não para cortar ideias.

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Neste caso, ela costuma perder o fio da história e se revela aos poucos como tesoura sem fio. Mas quem sou eu para duvidar do marketing das Cortes superiores. Devem ter feito um curso sobre tesouradas, então não está mais aqui quem falou.

Leio que o candidato derrotado do PT para o governo de São Paulo, Fernando Haddad, é cogitado para ser ministro da Fazenda, substituindo Paulo Guedes que, convenhamos, disse a que veio. Mas imagino que Haddad tenha feito um cursinho rápido para passar de poste de Lula para ministro da pasta mais importante do governo. Como poste, foi derrubado várias vezes.

Meu diário, os partidos políticos que se bandearam para o PT podem ter surpreendido os amadores. Mas não este velho jornalista, que já viu de tudo em matéria de cambalhota para conseguir empregos, cargos e “pontos”. Com efeito, o ponto é mais importante que o vencimento, nome correto para os ganhos para funcionários públicos.

Do alto do ponto, podem dar empregos para a companheirada, acelerar trâmites burocráticos para uns e desacelerarmos para quem não é da tribo. Só o cartão de visita já abre portas do tamanho dos portões de uma catedral. Até mesmo para conseguir um papagaio em banco privado o cartão de visitas é um abre-alas.

Bolas de bilhar

Partidos piolhos de governo se parecem com uma bola de bilhar. São lisas, não têm lado, rolam para onde tem que rolar.

Mais uma vez o sistema político-eleitoral brasileiro consegue criar um Frankenstein: uma única sigla pode ser pluripartidária. Uma aberração, mas também uma realidade. Meu querido diário, vou pedir para que alguma boa alma me presenteie com butiás, porque todos que eu tinha no bolso caíram.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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