Pequenas autoridades

3 set • NotasNenhum comentário em Pequenas autoridades

É uma expressão criada pelo Malu Mulher, programa da Globo nos anos 1980. Versava sobre os pequenos funcionários que se acham grandes, aduzindo um belo resumo: para dizer não têm muitos hoje, para dizer, sim, é um só. Um exemplo típico é quando se liga para alguém de uma empresa e o subordinado que atende pergunta qual o assunto.

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Generais na portaria

Lembrei disso quando fui a uma agência bancária falar com o gerente. Na porta, um segurança com pose de general quatro estrelas – da ativa – perguntou qual o assunto. Olha, foi uma semana muito difícil para mim. Difícil mesmo. Então, tive vontade de perguntar-lhe se, por acaso, era o gerente e o segurança estaria ocupando a gerência. Mas deixei assim.

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Provavelmente, ele nem entenderia a ironia. Talvez até dissesse para a mulher que um cliente achou que ele fosse o gerente. Tô podendo, mulher!

Um certo desalento

É o que se capta no ar. Ou se cheira. Vejo o otimismo da vacina e a volta quase ao normal dar lugar à frustração, porque a coisa não anda. Vejo isso nos executivos, empresários e principalmente gerentes, que estão na linha de frente e são os primeiros a detectar mau tempo financeiro.

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Gerente de loja é como sargento, ainda não sentou na escrivaninha. Sentem o cheiro do cocô muito antes do perfume, enfim, não está bom.

Dragão

Inflação, mesmos salários, gente que podia comer filé e hoje só pode pagar guisadinho, sempre a mesma coisa. Olhem, eu passei por epidemias de inflação desde que comecei a trabalhar. Nunca esquecerei que ganhava 5 mil cruzeiros em um mês depois passei para 11 mil. Isso foi em 1961. O dragão já era gente grande. É sempre o mesmo triste filme.

Sorvete na testa

Que estamos nos encaminhando para a burrice total não há duvida. Olhem essa que me aconteceu ontem. Almocei num shopping e depois tive vontade de comer sorvete. Fui na sorveteria e tentei escolher os sabores. Digo tentei, porque as plaquinhas indicativas estavam voltadas para o lado do balconista. Perguntei por que cargas d’água estavam daquele jeito. Resposta:

– Porque facilita a reposição.

Jesus. No caminho para casa passei por uma igreja. Pensei em entrar para arejar as ideias depois dessa resposta, mas desisti. Podia ser que algum santo me parasse na entrada perguntando qual era o assunto. Um pequeno santinho.

Perguntem ao barril

Cansei de elocubrar sobre o que pode ou não pode acontecer no dia 7 de Setembro, se tudo ou nada. Sendo otimista, é como alguém botar fogo no rastilho de pólvora e o fogo se extinguir porque o barril de pólvora está vazio. Ou não.

Tem uma cosita: vai ser feriadão, então meio mundo vai se mandar para o bar ou para o mar. Só ficarão na cidade grande os profissionais.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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