Pau para toda obra
Suruba em novela pode, falar “pau” não pode. Em consultórios médicos e hospitais ninguém pergunta sobre o pau, sempre é membro. O senhor sente alguma dor no membro? Membros que não são membros são eleitos, promovidos ou demitidos desde que fora da pudicícia que impede que a boca ou o texto falem do pau-membro.
Olha, seu Galileu…
Como diria Galileu Galilei, eppur se move, no entanto se move. Te peguei, hein? Pensaste no pau que não é o pau da bandeira. Para os púdicos, sugiro usar pau da bandeira para membro da bandeira.
Os opostos se atraem
Amiga que não vejo há mais de 10 anos deu sinal de vida. Com todas suas funções vitais preservadas, ela me diz que está morando na cidade mineira de Rio Acima. Respondi dizendo que deveria existir a cidade Rio Abaixo. Afinal, um não existe um sem o outro.
No Rio Grande do Sul, temos o simpático município Travesseiro, então poderia existir outro chamado Fronha. Também conheço Coqueiro Baixo, então deveria ter Coqueiro Alto para fechar a conta. Sem ofensa.
Outro nome curioso é Lagoa dos Três Cantos. Onde fica o quarto? Sem ofensa, de novo.
Meu Brasil brasileiro
Verdade é que me amarro em nome de cidade/município. No Maranhão temos Zé Doca, Tuntum e até Nova Iorque; no Rio Grande do Norte, Pau dos Ferros e a maravilhosa Passa-e-Fica. Que nome bonito! Na Bahia, Iuiú, outra beleza. Puxando brasa para o meu assado, aqui temos a bela Não-Me-Toque e uma que acho o máximo, Dom Pedrito.
E Brasília? Brasília é a mulher do Brasil, essa despudorada. Topa tudo por dinheiro.
La Revolución piorra
Um dos principais mitos fundadores da modernidade é a revolução. Sua origem advém do latim revolutio, que significa, basicamente, o ato de dar voltas. A definição é do professor Victor Missiato, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. No caso das revoluções da América Latina, conviria acrescentar “dar voltas sem chegar a lugar nenhum”, como uma piorra.
No balanço dos milhões
Cherchez l’argent, procure o dinheiro, dizem os franceses. O dinheiro é assexuado, mas apaixona homens e mulheres, disse o antropologista italiano Paolo Mantegazas. Todo homem tem seu preço, dizemos nós. Um pedacinho de centenas de milhões de dólares em vacinas faz balançar até os que se julgam incorruptíveis.
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