Para variar…

3 jan • NotasNenhum comentário em Para variar…

Começamos o ano com uma Medida Provisória que, no Brasil, costuma virar Medida Permanente. O governo baixou uma que reonera a folha de pagamentos das empresas. Nunca vi disso, pagar para dar emprego.

E se Morita San tivesse ouvido?

Akio Morita, o gênio da Sony, inventou a rádio portátil Spica, na segunda metade dos anos 1950. Bom e barato.

A história tem desdobramentos que já contei aqui. Mas me ocorreu uma pergunta que poderia ter sido feita para Akio: e se o Spika, além de ser pequeno e falar, também ouvisse?

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Com a cabecinha privilegiada que tinha, certamente ele pensaria em algo como o telefone celular. Para entender bem, o celular foi inventado pela Motorola em 1947, aperfeiçoamento daqueles rádios walkie-talkie usados por soldados na II Guerra Mundial.

Era um trambolhão. Mas o governo americano achou que liquidaria com as companhias telefônicas e o desestimulou. O resto sabemos.

Dito isso, tenho saudades do tempo em que ele só ouvia, falava e mandava mensagens de texto. O Nokinha foi meu preferido, cabia na palma da mão.

O fato…

Já repararam como as dentistas gostam de colocar todos os procedimentos no diminutivo? Olha eu vou cuidar do seu dentinho, mas antes terei que fazer uma injeçãozinha, mas não te preocupa é apenas uma picadinha na sua gengivinha que vai ficar bem anestesiadinha…

https://cnabrasil.org.br/senar

…e versão

Significa que o seu dente está pela bola sete e que vai ser uma baita injeção tamanho-família tipo garrafa PET dois litros. E vai doer pra caramba porque a anestesia demora um minuto, que parece um ano.

Covid longa. Mas é só isso?

Pessoa das minhas relações pegou a tal Covid longa, apesar de ter se vacinado quatro vezes ao longo da pandemia. Dores pelo corpo, cansaço, perda de apetite, fraqueza & Cia. 

Os médicos relatam vários casos. Muitos na realidade. Neste caso, ele desconfia do efeito colateral das vacinas.

Mas não pode dizer isso em público sob risco de linchamento e ser taxado de “fascista”. Ele gostaria apenas que a ciência considerasse a hipótese.

Aliás…

…pergunte a quem chama você de fascista se ele sabe o que é fascismo. Posso garantir que 99% não o sabem definir. O brasileiro é ruim em definições. Nesse meio tempo, só usa rótulos que provam seu baixo estoque de palavras.

Erro nosso

Os repetidos erros que se verificam nos jornais, mesmo na versão online, são frutos da economia e redução de custos às custas da qualidade. Eu também erro, todos erram. Mas, no passado, os erros técnicos (não de informação ou opinião) eram muito menores.

Em primeiro lugar, os jornalistas tinham estoque vocabular elevado em relação aos de hoje. Isso graças à leitura e cultura geral que os de hoje não tem, na maioria.

A revisão, hoje praticamente abandonada e substituída pelos corretores de texto, também era um freio para erros que o leitor cobra com irritação ou ironia. Pior é que o corretor de texto ficou (ainda) mais burro. Nem mesmo palavras comuns ele reconhece.

Cheguei a pensar que, para aliviar a memória, tenha descartado boa parte. Exemplo: na chamada do blog escrevi “vide-verso”, e o corretor corrigiu para “vídeo-verso”.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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