• A caminho

    Publicado por: • 29 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O Aeroporto de Orly, na França, estima que as operações só voltarão ao normal em 2024. O turismo como um todo faz cálculo parecido. Em todo o mundo há uma sensação de recomeço mais para manter acesa a chama do agora vai, embebido em molho me engana que eu gosto. Há demanda reprimida, certo, mas a desconfiança vai levar tempo até chegar a um nível tolerável.

    O NOVO NORMAL ANORMAL

    Já gasta, o tal de novo normal é mais uma esperança de ter chegado ao fundo do poço do que uma realidade táctil. O anormal vai continuar descendo até chegar a uma encruzilhada em que nos perguntaremos: mas que palhaçada é esta? O bichinho está aí, então temos que conviver com ele, ora bolas. Toca o barco!

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    ESTÁGIO INICIAL

    A H1N1 mata até hoje e nem por isso há comoção geral. É o ciclo dos vírus, de endemia passam para epidemia e, em seguida, a pandemia para voltar ao estágio inicial. A endemia.

    O SOCORRO, QUE HORAS CHEGA?

    Ok, dirá você, mas as vacinas vêm aí. Sim, mas chegarão a tempo e poderão ser distribuídas para todo o globo antes da quebradeira sem volta? Estou começando a achar que os caras que mandam na ciência e na formidável cadeia econômica que prospera com o vírus o adotou como cachorrão de estimação, desses grandes. Para quem acha que algo não está bem contado, ele rosna. Olhaí eu, meu. Não vem que não tem. Não te mete no meu negócio.

    IN EXTREMIS

    Um empresário ameaçou matar o prefeito Nelson Marchezan. Foi indiciado, e provavelmente se incomodará pelo resto da vida. Não que eu ache certo ameaçar alguém de morte, mas o caso serve para alertar o quanto os nervos estão à flor da pele. Quatro meses e lá vai pedrada vivendo no inferno e perdendo tudo que construiu é de enlouquecer.

    CONVERSA DE BAR

    Quanto mais perto da comunidade, no sentido físico, um  gestor público, mais ele entenderá o que se passa. Começa com prefeitos de pequenas cidades, que sabem de tudo e todos. Quanto maior o povaréu, mais equívocos ele comete. Depois vem os governadores, o presidente da República e terminou? Não. Tem as cortes superiores, que vivem no Olimpo. São antenas descalibradas e feitas com penas de pavão.

    Em suma, falta-lhes conversa de bar.

    Imagem: Web

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  • A dança: uma expressão perpendicular de um desejo horizontal.

    • George Bernard Shaw •

  • À prova de pescarias

    Publicado por: • 28 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

    Este cofre, na realidade a porta de entrada de um, servia para quem quisesse fazer depósitos noturnos no falecido Banco da Província, hoje Santander. Ficava na esquina Sete de Setembro com Uruguai. Empresas que não podiam ou não queriam ficar com dinheiro no caixa utilizavam-no muito.

    Uma vez  depositado, o dinheiro escorregava para um lugar seguro imune a “pescarias.” Para ver como já fomos grandes. O banco gaúcho era o segundo mais antigo do país, fundado em 1858.

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  • Pensamento do Dias

    Publicado por: • 28 jul • Publicado em: Caso do Dia

    Tem tanto dia disso e daquilo que um dia vão inventar o Dia dos Dias.

    Publicado por: Nenhum comentário em Pensamento do Dias

  • Chegou a hora…

    Publicado por: • 28 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    …de os jornais encontrarem pautas para fugir do tema vírus, mas cadê os repórteres que estavam aqui? Quem não foi despedido está em outras funções vitais, tais como ficar pendurado no telefone ou participando de lives, enfadonhas na maior parte.

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    Há muito tempo, quando a preocupação dos donos de jornais era oferecer um bom produto, repórter passou a não reportar mais. Fiquei rouco de tanto reclamar disso. É claro que não foram todos, havia e ainda há quem valorize o jornalismo cara a cara. Mas a tecnologia perversa adulterou a forma de ouvir e contar histórias.

    A MÁQUINA DE DEUS

    A tecnologia é uma grande aliada quando a gente não esquece que a maior maravilha tecnológica que existe é cérebro. No entanto, esquecemos disso. Curvamo-nos como selvagens na frente do último modelo de computador, e respeitosamente falamos bwana, bwnaa, mãos estendidas reverenciando a última criação do… cérebro humano. Não é engraçado?

    ONDE ESTAMOS MESMO?

    Ninguém sabe. Se a vacina sai este ano ou só quando estivermos todos contaminados, se algum laboratório está criando o tamiflu do covid-19, ou até mesmo quais são os números exatos e fidedignos. Estamos sendo atrasados, dependendo de alimentação precisa de casos e mortes.

    NO TEMPO DAS CARAVELAS

    A descoberta de uma nova terra levava meses e até anos para chegar aos ouvidos do patrão que bancou a viagem. E anos até colonizá-la e, depois, explorar os nativos. Hoje, leva microssegundos desde que alguém leve o carvão à caldeira e o vapor criado mova a máquina. Nem por isso é informação precisa. A cadeia longa come a realidade.

    A VERSÃO DO FATO

    Como no jornalismo, o repórter vê ou ouve o fato, redige a matéria que vai para o chefe de reportagem, subeditor, depois editor, chefe de redação ou outro elo dessa grande corrente. Ao fim e ao cabo, do título à posição da matéria no jornal, de simples nota de rodapé ou manchete, uma sucessão de açougueiros retalha o boi da informação de acordo com as regras do açougue. O produto pode estar contaminado porque, não raro, o repórter não reporteia, dá opnião.

    CARNE ENLATADA

    Na televisão, a mesma carne tem que ser moída e comprimida para caber no tempo. No final, o consumidor pode não gostar do que compra. Ele quer é dizer pessoalmente ao açougueiro qual corte vai levar.

    SUPREMA IRONIA

    Os veículos de comunicação precisam desesperadamente de mais e bons profissionais que eles mesmo despediram. Como dizia a tia Zilda lá do Alegrete, contra a força não há resistência. Sem anúncios, o açougue fecha.

    AFETOS

    Dia 28 de julho, estará disponível no Canal do Youtube do IARGS a videopalestra da advogada Isabel Cochlar, do Grupo de Estudos de Direito de Família, abordando o tema “Contratos de afeto em tempos de pandemia”.

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