• Chorinhos e chorões

    Publicado por: • 5 set • Publicado em: A Vida como ela foi

     Faleceu, aos 72 anos, o violonista Mário Barros, que era um dos melhores violões 7 cordas que a Capital conheceu. Também era um virtuose na música erudita. Nos anos 1970, Mário era um dos artistas que davam canja no lendário Adelaide’s Bar, da rua Marechal Floriano. Ele, Lupicínio, Johnson, Clio do Cavaquinho, Plauto da Flauta, Marino do Sax e tantos outros ases seresteiros e chorões.

     Eu ia bastante no Adelaide’s Bar, que começou com um barzinho despretensioso e, com o correr dos anos, se transformou no lugar mais cult de Porto Alegre. Conheci Adelaide sem o bar, por volta de 1967. Em 1972, ela abriu o estabelecimento, que não tinha nenhum atrativo, com poucas mesas. Era apenas mais um. Durante anos, nunca mais fui lá. Um ano antes de casar, ouvi falar nela, e falatório do bom. Todos os ases da MPB/Seresta estavam lá todas as noites. Ocupavam uma mesa e se revezavam conforme os compromissos de cada um, mas o núcleo do reator se encontrava ali. E já era um bar de respeito.

     Cansei de me deslumbrar com a cantoria e com o clima do lugar. Além da música, você curtia as histórias contadas pelos artistas e amigos dos artistas, eu entre eles. Meu tipo inesquecível era o Clio do Cavaquinho. A Adelaide, já falecida, ganhou muito dinheiro e mais tarde abriu o Chão de Estrelas, na rua José do Patrocínio, Cidade Baixa. Também teve seu tempo. Mas como Porto Alegre funciona por ondas, ambos começaram a morrer de morte morrida.

     Já nos anos 1980, Adelaide ainda tentou manter acesa a chama e abriu bar com mesmo nome na Vigário José Inácio, quase esquina com a Salgado Filho. Mas não era mais a mesma coisa. A história não se repete, e os bares famosos também não. Eles só morrem uma vez, não ressuscitam. Nada de música, só um ectoplasma dos tempos mais gloriosos.

     De certa forma, foi aí que começou a decadência do Centro Histórico da Capital gaúcha.

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  • Ninguém gosta de um advogado de defesa até que precisa de um advogado de defesa.

    • Michael Connelly •

  • Cara de um, focinho do outro

    Publicado por: • 5 set • Publicado em: Notas

     Olhem bem a foto do deputado presidente da Câmara em exercício, cujo nome de fantasia é André Fufunka.  Ele é igual ao anão de uma série famosa de TV, a Ilha da Fantasia, o ator Hervé Villechaize – o outro era Ricardo Montalban.

    Fotos: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil e de internet

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  • Inversão

    Publicado por: • 5 set • Publicado em: Notas

    Leio que Temer vai à china em busca de investimentos. Estranho esse nosso mundo. Houve tempo em que a china é que iam atrás de investimentos. China pessoa física.

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  • Eu vou pra Maracangalha…

    Publicado por: • 5 set • Publicado em: Notas

     Quando um porto-alegrense passa a gostar da ideia de se mudar, pensa primeiro em um país, depois em Florianópolis. Clima ameno, mar, dezenas de praias maravilhosas ao alcance de uma bicicleta, restaurantes, mas, sobretudo, baixos níveis de violência comparados aos daqui. Eram. De tempos em tempos, a cidade é sacudida por episódios sequenciais de queima de ônibus e outras violências – foram 31 ocorrências de sexta até domingo.

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