• O salsicha

    Publicado por: • 20 abr • Publicado em: A Vida como ela foi

    O sábio reunificador da Alemanha Otto von Bismarck já dizia que ao povo não convém saber como se fazem leis e salsichas. Razão tinha ele, como falava o bom velhinho da Guerra nas Estrelas. E vale até hoje. Para os dois. Como eu gosto  muito de salsichas, certa vez, conferi a fabricação, mas só no estágio final, quando se adiciona corante e gelo em escamas para dar liga. Antes, não sei.

    O fato é que há salsichas e salsichas. E aqui temos poucas opções de marcas, diferentemente, de São Paulo. Eu gosto da Ceratti, salsicha longa. Mas minha filha Fabíola me disse que, com carne suína, só podemos confiar nas tipo Franfurt e Viena. De fato, você nota no gosto. Fora estas, muitas marcas sem marca, digamos assim, de menor expressão, colocam mais lecitina de soja que carne propriamente dita, um milagre da química fina suíça.

    No passado, eu fazia uma pegadinha com os incautos. Com o ar mais sério do meu arsenal, contava que a salsicha tipo Franfurt só era encontrável em Viena e vice-versa. Muita gente boa acreditava devido à minha origem – meu pai veio da Alemanha para o Brasil em 1920. Enfim, nascer no Brasil mesmo com pai alemão e mãe descendente de alemães sempre tem um risco de sacanagem. É alguma coisa que botam na água, creio.

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  • Eu nunca caio, estou sempre me levantando.

    • Roqueiro Chorão  •

  • Rumo à poluição total

    Publicado por: • 19 abr • Publicado em: Caso do Dia

    É o que o Brasil está fazendo. Estudo aponta que apenas 45% do esgoto é tratado, os outros 55% vão direto para a natureza. É um desastre ambiental por minuto 24 horas por dia. Não bastasse essa tragédia, não está computado o lixo que vai para as ruas, entope bocas-de-lobo e se infiltra nos lençóis freáticos.

     

    Também não entram no cálculo os resíduos tóxicos, radioativos e outros materiais. Sem falar que o Brasil é o paraíso dos ratos e baratas. Quanto tempo a natureza demorará para vomitar tudo de volta? Ela não reclama, ela se vinga.

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  • Na mão grande

    Publicado por: • 19 abr • Publicado em: A Vida como ela foi

    Voltou à moda colecionar figurinhas. Não sei se voltou também o “bater” figurinha dos meus tempos de piá. Eu nunca tive lá muito saco para completar os álbuns, até porque era público e notório que apenas alguns poucos felizardos chegavam lá, mas um me encantou. Foi minha estreia na cidade grande, a coleção de figurinhas das balas Ruth. Se não me falha a memória, duas eram difíceis, a casa de madeira, outro acho que era o peixe-elétrico.

    Nunca tive mãos largas, portanto, em matéria de bater figurinhas, eu era ruim. Lembro um cara que ganhava sempre. Era o maior da turma, o mais gordo, com mãos que eram do tamanho de uma tábua de pinho de serraria. Esqueci o nome dele, mas não vem ao caso. Quando ele baixava aquela mãozona em concha sobre a figurinha da bala Ruth de cabeça para baixo – o objetivo era virá-la ao contrário – vinha a lajota da calçada junto, mesmo que estivesse cimentada. Esse movimento era chamado de tabufa. Virou, ganhou a figura.

    O assunto me veio à mente por causa das últimas ofensivas para tentar virar o jogo e tirar da cana o preso mais ilustre do Brasil, nem que seja na marra.

    Seita é fogo.

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  • As 1001 noites

    Publicado por: • 19 abr • Publicado em: Notas

    Razão tem o colunista Marcelo Moraes da coluna BR18, do Estadão, quando comenta a entrevista da senadora Gleisi Hoffmann (PT) à rede de TV Al Jazeera, em que pede o apoio do povo árabe para pressionar a libertação de Lula: é um espetáculo das 1001 Noites. Pelo andar da carruagem, só falta pedir o apoio pessoal de Vladimir Putin.

    Folga

    Tirando o caso do senador Aécio Neves (PSDB-MG), a semana não registrou maiores abalos sísmicos na região da Lava Jato. É como viver no Alasca com seus 400 terremotos anuais, a maioria é de pouca intensidade, e às de maior impacto a população nem dá bola.

    Juntos e incluídos

    Se concretizada, a ideia da prefeitura de levar festas de rua para o Largo Glênio Peres é uma antevisão de como ficará o Centro da Capital quando o projeto Cais Mauá estiver funcionando. Não são excludentes, em princípio.

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