• Quem admira as cachaças que eu bebo não sabe os tombos que levo.

    • Filosofia de bar •

  • O limbo

    Publicado por: • 31 out • Publicado em: A Vida como ela foi

     Ninguém mais fala em breakfast. Dizemos happy hour, brunch, coffee break, mas café da manhã segue em português.  À primeira vista, entendo que ou emparelha tudo ou deixa tudo em português. Mas sei o motivo. Ao contrário de 10, 15 anos atrás, quando era comum as empresas apresentarem alguma novidade ou balanço para a imprensa, hoje o número é bem menor. E aí vou dizer uma coisa jurando com a mão na Bíblia: ninguém oferecia um café da manhã melhor que o Plaza São Rafael daqueles tempos. Ovos mexidos sempre no ponto, salsicha da buena, frutas sempre maduras. Você tem alguns termômetros para ver se o café da manhã é do bem: o melão espanhol. Quando está maduro, vai firme que o resto é bom. Quanto aos ovos, é uma ciência fazê-los bem feitos. Os comuns são quando o presunto é apresuntado e o queijo é comum com mesmo gosto de isopor. É o grosso da oferta.

     Eu ainda peguei o tempo dos ovos quentes servidos em um suporte com a casca quebrada em cima, para enfiar retângulos de pão. Essa refeição entrou na mesmice do trivial, o de sempre, talvez não ruim mas apenas médio. Um exemplo de capricho é o Hotel Serra Azul, de Gramado. Aliás, eles se espelharam no Plaza dos anos 1970 o seu, vá lá, benchmarking.

     Meu Santo Graal de comidinhas perdidas é o coquetel de camarão do falecido Plazinha, na rua Senhor dos Passos. Nunca, em lugar nenhum que eu conhecesse, se fez algo tão especial. Mas o tempo passa, o tempo voa, e tudo hoje é regular, nem ruim, nem espetacular. Em matéria de serviços, salvo estabelecimentos A ao cubo, tudo é médio, massificado.

     Combinemos: aquele apresuntado que é sobra de presunto e queijos comuns sem graça e sem sabor não são coisa que se apresente.

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  • O que é a fita que Eduardo Leite usa no punho?

    Publicado por: • 30 out • Publicado em: Politiquim

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  • Bala de prata

    Publicado por: • 30 out • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Quando conversei lá atrás com um amigo de Jair Bolsonaro, perguntei a ele se, caso o capitão vencesse a eleição, ele teria consciência de que não pode falhar sob pena, aí sim, de deixar o país quase que às vias de fato. Completamente, respondeu ele. Bolsonaro sabe que só tem uma bala de prata.

    Foto: Divulgação

    No fragor da batalha

    Pelo que o capitão falou ainda no início da campanha, se o ungido pelas urnas não disparar medidas de impacto, metade da batalha estará perdida. Não é privilégio nosso. No mundo todo, governantes sabem que precisam dizer a que vieram, mas que não seja de forma atabalhoada. Se é para fazer mal feito, esquece.

    Questão de timing

    Isso se explica. Primeiro, porque em início de governo a militância e apoiadores ainda estão com o motor aquecido, não deu tempo de esfriar; segundo, o novo Congresso estará desperto, em estágio inicial da vida nova. Mas, ao mesmo tempo, tem que ser costurado previamente com a bancada que o apoia, mas não demais.

    Fuja do Frankenstein

    Como tudo na vida. Se o presidente der muita corda para os parlamentares, eles vão querer emendar e, no fim, o projeto inicial vira uma coisa.

    Miniaquário

    Não deixei de ser amigo de petistas só porque Lula ou Dilma ganharam as eleições. Cara virada agora é uma reação infanto-juvenil de quem nada num aquário muito pequeno.

    Respeito fingido

    Quem acredita em Papai Noel, Fada do Dente e que ETs estão entre nós também acredita que os votos de sucesso enviados por Fernando Haddad para Jair Bolsonaro vêm do fundo do coração. Não existe coração na política, a não ser o mau. Não me comovo. É para ficar bem com o eleitor de quem venceu a batalha, Bolsonaro no caso.

    Keep cool

    Aprendi muito cedo que, na minha profissão, você tem que ser frio como um legista. Caso contrário o juízo crítico fica prejudicado. É o que acontece hoje. O jornalista deveria ser o último a se indignar, mas o que mais vejo são indignações. Deixo isso em alguma gaveta. Caso não consiga, você nunca entenderá o que vem a ser jornalismo de fato.

    O vagido do nenê

    Estou dizendo há meses – e não sou só eu – que a economia vem reagindo positivamente, fato que só não ganhou mais espaço nos jornais devido ao esforço concentrado nas eleições. Não há, principalmente hoje, gente para cobrir tudo. Fato é que, pela primeira vez em meses, o Boletim Focus reajustou a previsão do PIB para cima. De 1,34% para 1,36% positivos.

    Que lástima!

    Depois de a Livraria Cultura entrar com pedido de recuperação judicial, agora foi a vez de a rede Saraiva tomar uma medida drástica. Fechando 20 das suas lojas espalhadas no país. Estou dizendo há anos que estamos escrevendo para cada vez menos gente. O que é realmente uma coisa trágica.

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  • Só os mortos conhecem o fim da guerra.

    • General Douglas MacArthur •