• Plano B

    Publicado por: • 11 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

    Tenho um amigo ligeiramente atrevido no trato com a mulher do próximo especialmente quando o próximo está próximo. Geralmente usa a técnica em lugares públicos, bares e cafeterias. Ela chega perto do casal         num ângulo de 45 graus e olha bem o rosto dela e depois do namorado/amigo. Já houve casos em que o cara ensaiou uma resposta mais rude. Neste momento ele aciona o plano B.

    – Como o senhor é bonito!

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  • O País nosso de cada dia

    Publicado por: • 10 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    É o que a casa oferece. Vejam onde duas senhoras estacionaram suas bikes – da Prefeitura – em uma cafeteria da Capital. Não precisa olhar muito para concluir que tiraram quatro lugares de duas mesas em que cabem oito. O pior é que na parte externa do prédio há espera para estacionamento de bikes.

    Os figos e eu

    festa do figo 11Olha que doçura de figos. É uma das minhas taras frutíferas, in natura, em geleia, em conserva ou cristalizados. Sou tarado por eles. Na imagem, a Rainha e as Princesas da Festa do Figo de Nova Petrópolis, que terá lugar dias 2 e 3. Não sei se poderei ir, mas dou procuração para quem quiser me trazer estes frutos nas formas ou em pelo menos uma das formas descritas acima.

    Verdade verdadeira

    Leio no Face esta postagem do colega jornalista Ricardo Azeredo:

    “Existe uma regra básica em telejornalismo que parece ter sido feita para ser solenemente ignorada por repórteres e editores: imagens não devem ser descritas, pois seu valor está exatamente no que mostram – ou seja, as imagens falam por si. No entanto é de pasmar que repórteres novatos e veteranos – sim, os cascudos também! – insistam em descrever os takes literalmente, em vez de criar alguma forma de narrativa que complemente em vez de repetir em palavras o que a tela está exibindo. Preguiça? Falta de criatividade? Redações acomodadas com modelos batidos? Ensino deficiente de telejornalismo? Tem algo errado aí”.

    O Ricardo acertou na mosca. Por que isso acontece não requer muitas investigações. Preguiça, a dificuldade em elaborar falas e sobretudo falas com informação e não cantilena de encher linguiça com baixo estoque de palavras levam a essa falha. Parecem bonequinhos de dar corda ou movidos a bateria que falam sem parar.

    Sem dizer que, em reportagens feitas no Interior, como as de ontem com os temporais e chuva forte na Fronteira Oeste e Campanha, as emissoras só pautam os estragos nas cidades, casas destruídas, postes caídos, alagamentos etc. Prejuízos na agricultura da região nem pensar. Dá muito trabalho e despesa. Então adicionem também a falta de iniciativa nas causas.

    Lojinha abandonada

    O que está acontecendo com a previsão do tempo no site de Zero Hora? De ontem até a próxima segunda-feira a precipitação será de 1,1 mm, mesmo que a ilustração mostre sol a pleno. Na semana passada, aconteceu o mesmo, durante sete dias a chuva esperada era de 18,6mm. Todo mundo tirou férias? Quem fica cuidando da lojinha?

    Placa de Petri

    Aquele álcool gel que se usa não é um excelente criatório de germens depois que o álcool evapora? Passe o gel nas mãos e, mesmo muito tempo depois, ao lavá-las você se sente pegajoso. Dá ideia que seja uma placa de Petri, aquela em que se faz cultura de germens com fluidos coletados do corpo humano para ver a resistência aos antibióticos.

    Escrito em 2013…

    Começou a versão 2013 do maior programa-símbolo do brazilian way of life, o BBB. E também é uma espécie de recorde mundial em matéria de programa de televisão. É sempre mais do mesmo – sexo & fofocas e rock’n’roll com fortes doses de extremo narcisismo. Da forma como prende a atenção dos lares brasileiros, quem sabe, o nome mais apropriado fosse o de outro programa global, a Grande Família que não é família.

    Reescrito em 2019

    Mesma coisa. Não mudou quase nada afora o ano. Tenho a impressão de que o interesse dos telespectadores já foi bem maior, especialmente depois que Pedro Bial deixou de ancorar o programa.

    Síndrome de selfie

    O colega Flávio Dutra faz uma pergunta e ele mesmo a responde, com total propriedade: “Quem está interessado na sua opinião? Ninguém.” Em algumas sociedades ao redor do mundo, a cultura é estimular o coletivo e evitar ao máximo a individualidade. A nossa a estimula. É em tudo. O trânsito é um bom exemplo, especialmente no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre. É um conjunto desordenado de bárbaros.

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  • Apenas os medíocres estão sempre no seu máximo.

    • Somerset Maugham •

  • A solidão dos saudáveis

    Publicado por: • 10 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

    No auge da guerra fria e da União Soviética, nos anos 1970, um escritor polonês cujo nome infelizmente perdi, escreveu um conto que jamais esquecerei. Como é sabido, naquela época, livros só os que glorificavam a camada dirigente, a nomenclatura ou o regime. O resto era considerado lixo capitalista. Na dúvida, prendam o subversivo. Cá vai.

    Um professor que conseguia livros de escritores ocidentais no mercado negro, varava a madrugada lendo estas obras. A partir de determinada hora, convinha aos cidadãos fiéis a Engels, Marx e Lenin apagar cedo a luz, já que até a energia era escassa. Dava até prisão. Então, ele tapava com panos as frestas da porta e das janelas para evitar que – da rua – alguém visse a luz acessa.

    Mas certa noite deu errado. Da rua via-se um réstia de luz que contrastava com a escuridão do resto dos apartamentos do prédio, e um dedo-duro avisou a KGB Incontinenti. Uma viatura detectou a anomalia, invadiu o apartamento minúsculo do sujeito e o carregou direto ao camburão. Antes de levá-lo à Lubianka, temida prisão do regime em Moscou, fizeram o interrogatório dentro da viatura, que passou a circular nas ruas antes de tomar o destino final, o que consumiu um certo tempo.

    Entre um olho roxo e outro, o leitor conseguiu avistar por uma fresta do carro uma luz em um prédio. Rejubilou-se, afinal não era o único a cultuar o hábito de leitura de madrugada, talvez um colega que também conseguia literatura ocidental ou proibida na URSS. Infelizmente, não foi assim. Em uma segunda volta no quarteirão viu a luz de novo e então descobriu a terrível verdade.

    Ele estava realmente só. A luz que ele achava ser de outro prédio, era a dele.

     

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  • Gastar ou investir?

    Publicado por: • 9 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O Governo Bolsonaro pretende rever todos os patrocínios e promoções da Caixa, alegando que é dinheiro demais o gasto em futebol, especialmente, entre outros esportes. Sim e não. Há um perigo enorme na pretensão de que com ou sem publicidade a coisa anda. Inclusive confundir “gastar” com “investir”. E vejo também muitos colegas deitando falação e achando que, sim, o governo deveria efetuar estes cortes.

    Concorrência de mercado

    Dizer que a Caixa não precisa anunciar é o mesmo que dizer que o Itaú ou o Bradesco não precisam “gastar” esse dinheiro. Em primeiro lugar, há que se separar propaganda institucional e propaganda de produto, sejam cartões, seguros, facilidades ou benefícios para correntistas etc. Tivemos exemplos no passado, quando um banco oficial parou de anunciar e seu cartão de compras, que era campeão, foi para a rabeira do ranking. Foi a típica economia desastrosa.

    Devagar com o andor…

    Nós da imprensa temos o mau hábito de ter pretensões na área de marketing e propaganda mesmo sem ter o mínimo preparo para tal. E falo de cadeira porque fui publicitário e fui assessor de marketing de uma grande empresa da área financeira. A questão toda é definir as prioridades na destinação da verba. Posso concordar que uma estatal de energia sem concorrentes, por exemplo, não precisa gastar em propaganda institucional. Mas banco, tenham paciência, precisa sim.

    …porque o santo é de barro

    Limar o investimento publicitário da Caixa é tão desastroso quanto dispor mal estas verbas, especialmente em mídias nada a ver com o público-alvo da instituição.

    A vida é uma moleza

    gata no calorA sensação térmica, ontem, em Porto Alegre, mais uma vez passou dos 40 graus Celsius. Foi duro de aguentar, especialmente se o vivente tivesse que caminhar na rua. Já a Petit Gateau não precisou fazer esforço físico e aproveitou um tubo da academia do seu tríplex para alongar.

    Ar, mais ar!

    Fico me perguntando até onde as turbinas dos jatos comerciais podem aumentar de tamanho. Como são cada vez maiores, carregam mais passageiros e carga, o empuxo necessário requer grande potência no motor. E grande potência significa cada vez mais ar para a combustão e também para as laterais, entre a carenagem e a turbina propriamente dita para aumentar o empuxe.

    A Boeing instalou pela primeira vez o maior motor de avião comercial do mundo, o GE9X, no novo Boeing 777X. O novo motor tem um diâmetro de 3,4 metros para entrada de ar, praticamente o mesmo tamanho da fuselagem de um Boeing 737, segundo o site Todos a Bordo. Em compensação, as novas turbinas são cada vez mais econômicas. Um 747 gasta menos querosene de aviação que um trijato 727 da década de 1970.

    A propósito

    A expressão “ar, mais ar”, foram as últimas palavras do pensador François-Marie Arouet, mais conhecido como Voltaire.

    Jornal do Comércio

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