• O carro dos sonhos

    Publicado por: • 18 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

    No dia 14 de julho de 1955, o Karmann Ghia foi apresentado à imprensa e concessionárias VW no Hotel Kasino, na França. O carro nasceu da união do fabricante de carrocerias alemão Wilhelm Karmann com o italiano Luigi Segre – designer do estúdio Ghia. Era estiloso pra caramba.

    No Brasil, ele chegou um pouco mais tarde, no início dos anos 1960. Vinha com o mesmo motor do fusquinha, que os gaúchos chamavam de fusca, míseros 36 e depois 40 cavalinhos. Andava nada, como a maioria dos poucos carros “nacionais”. Zero a 100 em 18 a 20 segundos. Mas na época achávamos isso impressionante. Tem que considerar que os carros pequenos pesavam muito pouco, abaixo dos 1 mil quilos.

    A questão era que ele era estiloso, muito bonito na verdade. Com dois lugares e espaço para um guarda-chuva no banco traseiro. Rapaz, quem tinha um tinha sucesso garantido com a mulherada. Por duas razões. Uma, pelo carro propriamente dito; segunda, porque era caro.

    Um sujeito de Montenegro que tinha a mania de exagerar os nomes estrangeiros, apontava o dedo e dizia:

    – Como é bonito esse Karman Gira!

    Publicado por: Nenhum comentário em O carro dos sonhos

  • Nova geração…

    Publicado por: • 18 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Todos ficamos cismados com este país tropical que não consegue sair do buraco, mas há algumas esperanças aqui e acolá. Tenho ido a diversos eventos empresariais e vejo com satisfação que uma nova elite de executivos está se formando e, melhor, multiplicando-se. É gente atenta que sabe melhor das coisas, que não só é o lucro que se busca. Eles procuram gerar um clima de confiança e cumplicidade com seus funcionários. Para isso eliminam regras não-escritas, que mais atrapalhavam que ajudavam os negócios.

    …SEM PRECONCEITOS

    Um evento que me animou foi o que fui ontem. A diversidade e inclusão nas empresas foi o tema central da reunião-almoço da Câmara Brasil-Alemanha no RS. Falaram sobre as experiências de suas respectivas empresas Filipe Roloff, líder do grupo Pride@SAP, e Julia Soll, da RBS. Em comum, ambos foram enfáticos: diversidade e inclusão em todas as suas formas será, e será logo ali, um imperativo nos negócios.

    …E MAIS LUCRATIVOS

    Tanto Julia Stoll, da RBS, quanto Filipe Roloff, da SAP, empresa mundial de softwares, chegaram às mesas conclusões. O faturamento e a rentabilidade aumenta quando há paz no ambiente de trabalho. Inclusão deve ser entendida como ampla geral e irrestrita, sejam negros, pessoas com deficiência, gays ou desse espectro. É bom para os negócios.

     OS FRUTOS DA ÁRVORE

    Com a preocupação ambiental pelas empresas se deu o mesmo. Lembro que há cerca de 20 anos um professor da UFRGS ligado à causa ambiental me mostrou contente o jornal Gazeta Mercantil e sua nova seção, o Meio Ambiente. Esmaeci um pouco o entusiasmo dele dizendo que onde se lia Meio Ambiente deve ser entendido com “Novos Negócios”, embora seja um bom negócio para as duas partes, como diz o dito popular.

     

     O GATO CHINÊS

     Deng Xiaoping, o sujeito que deu o pontapé inicial no jogo que tirou a China do comunismo medieval e colocou essa enorme locomotiva o que ela é hoje, disse uma frase que fixou famosa. Perguntado se isso não seria uma nova revolução ou algo como traição ao marxismo ortodoxo, Deng respondeu “não interessa se a cor do gato é branca ou preta, interessa que ele cace ratos”. Na época aplaudi o cara ao ler o jornal – quem estava ao meu lado achou que tinha enlouquecido.

    ENQUANTO ISSO, NO PAMPA…

    Espécie de termômetro da economia, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,3% no Rio Grande do Sul em maio na comparação com o mês anterior, na série com o ajuste sazonal (compensão em razão das diferenças de cada período do ano). O registro positivo ocorre depois de dois meses consecutivos de retração desse indicador no Estado. Menor que a média nacional, mas descolou do vermelho. Outro dado que conforta.

    O FOLCLORE QUE ENCANTA

    Montagem 47FIFNP_Mauro Stoffel (1)

    Começa oficialmente hoje o Festival Internacional de Folclore de Nova Petrópolis (RS), que terá como tema a diversidade. Essa é a 47ª edição.

    Independentemente do tema, os grupos de dança de todo o mundo se apresentam para o público, coisa de encher os olhos e os ouvidos. Até hoje não entendo como o festival não virou um evento mundial de tão belo que é.

     O Festival terá início com o Acendimento da Chama Folclórica. A cerimônia será no dia 18 de julho, às 19h30min.

    Publicado por: Nenhum comentário em Nova geração…

  • Se queres conhecer o passado, examina o presente, que é o resultado; se queres conhecer o futuro examina o presente, que é a causa.

    • Confúcio •

  • Importação de palavrão

    Publicado por: • 17 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

    O gaúcho sempre foi meio estourado nas relações sociais, especialmente no trânsito, mas a radicalização nas atitudes está piorando em proporção geométrica. Até respeitáveis senhoras estão apelando para a ignorância manual e oralmente: ou mostrando o dedo do meio ou falando palavrão.

    O curioso é que nós estamos importando até essa ofensa dos Estados Unidos. Antigamente bastava fazer o gesto mudo de fazer um círculo com o indicador e o polegar que significa OK para os americanos. Para nós, a exposição da retaguarda do corpo humano. Hoje, ninguém usa mais. Antes, dava briga certa. Há quanto tempo você não o vê? Periga a gurizada nem saber o que significa. Aliança?

    Éramos muito ingênuos então. Uma das ofensas era botar a mão na genitália, apertá-la e sacudi-la como se tira um bolo inglês da forminha acompanhado da provocação sonora.

    – Olha aqui pra ti, ó…

    Certa vez, assisti a uma cena engraçada. Por coincidência, vinha uma garota atrás do sujeito a quem o gesto queria atingir. Não tinha como ela não enxergar, então pensei que ela ia abrir o bocão. Que nada. Olhou com desprezo para a parte pudenda do desafiante e falou curto e grosso.

    – Grande coisa!

    Publicado por: Nenhum comentário em Importação de palavrão

  • A volta do serigote

    Publicado por: • 17 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O que é a idade. Estão tirando meus divertimentos um após o outro. Agora vem essa coisa de impedir, a pedido, o recebimento de ligações de operadores de telefonia. Mas que côsa, seu, como se diz lá no Alegrete. Quem vai substituir as pegadinhas que eu fazia com as atendentes, tipo dizer que eu era funcionário de outra operadora? Ou perguntar se ela já havia sentado na volta do serigote chapeado sem virola?

    O CAPRICHO NA VIROLA

    Ah, você acha que a ofendi? Nada disso, meu e minha. É simplesmente sentar em uma sela de montaria cuja parte dianteira o seleiro decorou com uma chapa de latão polido sem tachas a sustentá-la. Coisa inocente, orgulho de quem quer montar um bom cavalo com uma sela feita no capricho. E você aí já pensando besteira.

    SÓ DÓI QUANDO RIO

    Fato é que está difícil se divertir hoje em dia. Ainda bem que temos o governo. Acredito que toda a Constituição que se preze deveria ter como cláusula pétrea a obrigação de fazer rir. É a vingança do povaréu. Rir sempre foi o melhor remédio.

    À PROCURA DA SERIEDADE

    Olhei com cuidado todos os jornalões. Nenhum assunto sério. Todos tratam de assuntos risíveis, se não pelo conteúdo, pelo efeito. E olha que procurei. Tirando o obituário, nenhuma novidade no front. Uma vez que outra, o horóscopo deixa a galhofa do lado e larga um diagnóstico não-risível. Mas na maioria das vezes é bom de rir, se bem que é a mesma piada sempre.

    LEIS HOROSCOPIANAS

    Por exemplo, quando para um determinado signo há o alerta “cuidado com os falsos amigos” hahaha. Ou o indefectível “hoje você terá a sorte do seu lado”. Termina o dia e a marvada não apareceu, mas nem por isso os crédulos deixam de ler os prognósticos astrais todos os dias.

    MOMENTO COXINHA

    Leio em um e-mail recebido que novos sabores de coxinhas chegam para esquentar o inverno. Pernil, carne seca, costela e quatro queijos agora fazem parte da família da Carol Coxinhas. Primeiro, eu sempre achei que coxinha era só de galinha, mas agora fiquei sabendo que costela também tem coxinha, e o boi ora vejam só, não tem mais coxão, nem de fora nem de dentro. Devem estar poupando as galinhas. Seja como for, eu adoraria ver as coxinhas da Carol.

    Publicado por: Nenhum comentário em A volta do serigote