Os perigos da linguagem

20 jul • NotasNenhum comentário em Os perigos da linguagem

Recebi um release de assessoria de imprensa de uma empresa de TI e perguntei sobre um detalhe operacional do cliente em questão. 

Resposta:  

– Não tenho essa informação. Nós só realizamos inserções orgânicas.

https://www.veloe.com.br/banrisul?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=p_blog&utm_campaign=tag_banrisul&utm_content=escala_600x90px

Puxa vida, jamais pensei nessa hipótese. Fosse antes da internet, a resposta teria outro significado. Deprendo que hoje a informação é como a química, orgânica e inorgânica.

Gostaria de receber um texto inorgânico para ver a diferença. Mas sem inserção, por favor.

Dialetos brasileiros

Meu amigo José Valdaí de Souza, que foi jornalista e hoje é médico, contou que está aprendendo mandarim, uma das línguas chinesas. Existe o mandarim oficial e o simplificado, sem os quais você não vai longe por lá.

Além do mandarim A e o B, existem 87 dialetos. E se alguém quer precisão de linguagem, esqueça a tradução, especialmente se for primeiro para inglês e depois para o português. 

https://cnabrasil.org.br/senar

O resultado, diz Valdaí, é um horror. Fala de cátedra porque  estuda mandarim desde 2005.

Mas quem quiser sobreviver nos negócios e até fora deles tem que aprender a língua. A China, como sabemos, é dona de metade do Brasil e uma enorme gama de produtos. 

E domina os investimentos em todo o  Mercosul e outros países latinos. Estão comendo as potências europeias e os EUA pelas bordas.

Nossos dialetos

Temos o gauchês, o baianês, o carioquês, os mais notáveis. Mas também existem o juridiquês, o economês, o psiquiatrês entre outros. Para o juridiquês precisa muito mais que saber o que é data vênia. Um língua estranha é ou era a dos surfistas, que não tem consoantes. 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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