Os paisagistas
Às vezes, e não estou dizendo que seja o caso, as redes de televisão prolongam a cobertura como se o conflito ou o evento tivessem recém-começado. Foi o caso da morte do Airton Senna, que a Globo repetiu, sempre acompanhada daquela musiquinha. A linha entre a cobertura normal e a insistência lacrimosa é tênue.
Não saberia dizer de outros países, mas me parece que essa fixação doentia tem apenas uma parcela de público ao seu lado. É diferente de acompanhar o BBB, por exemplo. Ali é o culto à fofocaiada e voyeurismo consentido. Neste caso, eu gostaria de penetrar (epa!) na cabeça dos figurantes.
A parte fácil é que os moradores da casa Globo acabam acreditando que aquilo tudo é real e assim se comportam. São metamorfoses ambulantes do Raul Seixas turbinadas com doses cavalares de exibicionismo.
A guerra da chuva
Todo santo dia Porto Alegre e cidades vizinhas enfrentam a guerra do tempo. Ontem, o toró das 17h chegou mais cedo.
Virou padrão nestes dias tempestuosos: manter a bateria do celular sempre cheia. Choveu, ventou, a luz acabou.
Espero ansioso a chegada da sexta-feira. Dizem os pajés que fizeram a dança da chuva que, neste dia, a temperatura cairá para níveis decentes.
Tristeza de uns, alegria de outros
A cada temporal chegam imagens impressionantes de casas destruídas, janelas arrancadas e prédios danificados pela força do vento, especialmente nas coberturas habitadas. Como esses novos tempos de clima maluco vieram para ficar, é o caso de a construção civil se adaptar, usando materiais mais resistentes e com fixação melhor.