Os biquíni nas praias gaúchas
Anos 1960, em alguma praia do Litoral gaúcho. Essa era a moda que hoje poderia se usada por uma freira – bom, quase né? As mamães se escandalizam quando as filhas falavam em usar biquíni, mas o caminho da quase nudez era inexorável.
Pois foi na metade daquela época que a inglesa Mary Quant lançou a minissaia, que imediatamente vestiu o corpo das mulheres brasileiras. Parecia que a nudez total viria a galope.
Mas não foi o caso, além das colônias de nudismo. O fio dental chegou nos anos 1980 e parou aí. Foi um poderoso estímulo para as fabricas de barbantes.
Do biquíni dizia-se que mostra tudo menos o essencial. Pois justamente nesse muro é que a libido crescia.
Escondidinho de calcinha
Havia o que parecia um paradoxo naqueles tempos. Se o biquíni mostrava barriguinha e seios opulentos, a imaginação levava a minissaia para um patamar superior de sexualidade. Os olhares masculinos procuravam as calcinhas depois da diminuta saia. Não era exatamente difícil.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
