O vigarista 24 horas
Fui ao supermercado e retirei dinheiro do Banco 24 Horas, que fica na entrada, mas dentro da loja. Depois fui às compras. Um homem com o que parecia ser um extrato na mão me abordou. Na faixa dos 30 anos, nem bem nem mal vestido. Médio.
– O senhor deixou cair isso quando tirou o dinheiro. A operação continua aberta no terminal.
O tíquete não dizia nada com nada. Voltei ao caixa e, de fato, estava aberto, mas não na minha conta. Teclei “anular”. Olhei de novo o papel e me virei para o sujeito. Se tivesse posto o cartão estaria ferrado.
– Mas isso é vigarice!
– Também acho – falou o vigarista.
E foi embora, não tão devagar que parecesse provocação, nem tão depressa que parecesse covardia.