O sol nosso de cada dia
Contam que a primeira vez que o prefeito de São Paulo, Ademar de Barros desceu em Porto Alegre, na década de 1950, admirou-se com a beleza do Guaíba. Ah, se eu tivesse um Guaíba em São Paulo, falou. Pois nós temos um Guaíba e só o aproveitamos parcialmente.
Deus dá nozes a quem não têm dentes, diz o ditado. Como um rebanho de ovelhas que trilham sempre o mesmo caminho, acreditamos por décadas na balaca que é o muro da Mauá que separa a cidade do seu rio ou lago, como queiram. Errado. Quem separa é o Trensurb, e o muro facilita operações gastronômicas ou eventos diversos para estacionamento. E a revitalização do Cais Mauá não sai porque a turma do contra vai contra qualquer iniciativa.
O táxi-barco
Até hoje não entendo porque alguém ainda não criou o táxi (ou Uber) aquático. Temos o catamarã, é verdade, mas para “corridas” pontuais entre zona sul e zona norte seria um achado. E certamente teria demanda, ainda mais com o crescente número de condomínios horizontais à beira d’água, incluindo cidades vizinhas.
Defensores de doenças
Para se ter uma ideia, até defensores de pombos que se abrigam nos tetos dos armazéns têm uma associação. Estas aves são vetoras de várias doenças e a principal é a psitacose, que causa inflamação nos pulmões. As fezes e urina das aves contêm esse perigo. E além do mais corróem até estruturas de ferro e cimento armado.
E o que faz o povo? Alimenta-as. Quem disse primeiro que a pomba é o símbolo da paz era um humorista nato, cuja profissão provavelmente era coveiro ou fabricante de caixões.
O pioneiro
A imagem mostra o Cais Embarcadero, que possui 40 operações ao todo, maiora gastronômicas. Entra-se no espaço pela avenida Mauá. Recomendo. Ainda carece de sinalização e outros ajustes, mas é o pioneiro. Benza-o Deus.