O samba do Seu Jorge

31 jan • NotasNenhum comentário em O samba do Seu Jorge

O cantor Seu Jorge tentou registrar o nome do seu filho Samba no cartório. Mas o tabelião se recusou. Disse que, no futuro, o guri poderia ser ridicularizado e coisa e tal.

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Entretanto, Seu Jorge não ficou satisfeito com a decisão. Ele escolheu o nome Samba e estamos conversados. Pretensão que um segundo cartório acolheu.

Cacildo e sua turma

Em tempos idos nomes como Hepaminondas, Casemiro, Cacildo eram comuns, herança portuguesa. A partir dos anos 1950, eles começaram a ficar raros. Mas, ainda assim, surgiram alguns foram do espectro de Adão, André, Oswaldo e outros que tais.

Alguns eram bem curiosos. Em Porto Alegre, tínhamos o jornalista Segundo Brasileiro Reis. Mas nunca soube dele se havia um Primeiro Brasileiro Reis.

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No Nordeste, eram comuns nomes como Mamede, derivado de Muhammad. Nome comum de mascates que percorriam o sertão vendendo água de cheiro (perfume), sedas e joias.

Seu Mamede, de onde veio?

Nordestino sempre gostou de gente que ganha dinheiro. Ao contrário dos gaúchos. Tivemos nascido no Maranhão o presidente José Sarney, corruptela de Sir Ney – em inglês falado, Sir vira “Sar”.

O que eu gosto é de nomes sonoros, nomes cuja sequência lógica. Mas não do famoso Um Dois Três da Silva Quatro (existiu, sim!).

Já contei o causo do poeta e cantor Caio Orlando da Serra, que ele mudou para Caio Rolando da Serra. Tinha senso de humor, o rapaz.

Do xarope para o cartório

O prenome Analice foi comum nas décadas de 1940 e 1950. Duas explicações, uma a junção de Ana e Alice, outra mania dos pais daquela época como Anamaria.

Mas a outra versão de Analice é de arrepiar: os xaropes e outros medicamentos líquidos traziam no rótulo a inscrição “Análise Bromatológica número tal.” Achavam bonito, e dali para Analice foi um passo.

Nos anos 1990, a maionese desandou com os Maycon Jéquinson. Perto de nomes de mulheres na geração Z, os Jenkinson eram fichinha.   .

Pílulas de vida e de morte

Essa geração nem-nem, que não estuda nem trabalha e vive da mesada dos pais  indulgentes, tem toda probabilidade de envelhecer na miséria, se chegar até lá.

Meu mundo paralelo

Se ele existisse, o BBB Brasil teria como protagonistas diretores e diretoras e apresentadoras (es) dos telejornais da Globo. E sem censura.

Encontro

O 22º Encontro Holístico Gaúcho, que será realizado em Porto Alegre, nos dias 4 e 5 de fevereiro, no Hotel Plaza São Rafael.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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