O que vejo, só eu vejo

23 nov • NotasNenhum comentário em O que vejo, só eu vejo

Não canso de repetir a frase proferida nos anos 1950 pelo político mineiro José Maria Alkmin (nada a ver com o Alkmin de Lula), o que interessa é a versão e não o fato. Por isso que debates eleitorais têm visões diferentes e comentaristas esportivos divergem sobre uma jogada clara.

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Mesmo assuntos límpidos como água mineral sem bolinhas não são unanimidade. Caso da Terra Plana.

https://cnabrasil.org.br/senar

Outro exemplo são as teorias de conspiração. Em número cada vez maior e incrivelmente abraçadas por gente respeitável. Alguém já disse que lendas urbanas e conspiratórias são uma forma de negar a realidade do mundo cada vez mais estranho.

A cobra no supermercado

Nos anos 1980, quando escrevia o Informe Especial de ZH, apareceu uma criança que teria sido picada por uma cobra na gôndola das verduras. Chegou a tal ponto que os supermercados de todo o RS publicaram a pedidos negando que tivesse ocorrido em uma das suas lojas.

Cada cabeça uma versão, diz o ditado. Ilustro com a história da mãe de uma apresentadora de TV, caso ocorrido há 20 anos. Na época, o cardiologista Fernando Lucchese havia escrito um livreto intitulado Pílulas de Felicidade, coletânea de conselhos e sugestões para levar uma vida melhor, que fez enorme sucesso. Pois a velha senhora pediu à filha que o comprasse.     

– Tá bem, mãe, eu passo em uma livraria e compro.     

– Livraria? Mas não é em farmácia que se compra?

Torque

Todos os motores têm a sua curva de torque. Força, basicamente, para não complicar. No manual do carro pode-se ler que o torque máximo fica entre tantos giros ou RPM, mínimo e máximo. Depois deste não adianta acelerar mais, o motor pode até subir de giro, mas a potência já não se traduz em mais torque.

Dezembro é mais ou menos assim. Correria e mais correria, giros lá em cima, mas benefício só estresse. O que tinha que dar já deu. 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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