O, que delícia de guerra

26 maio • NotasNenhum comentário em O, que delícia de guerra

Vejamos como estão as coisas cá nesta Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Para começar, o furto de fios e cabos de energia faz a prefeitura economizar na conta da CEEE Equatorial. Embora deixe a cidade escura e sinaleiras apagadas em Porto Alegre. Por mais que os tiras peguem o pé das fundições especialistas em derreter o que presta e afastando o que não vale nada, é como enxugar gelo.

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De vez em quando, pegam um pé de chinelo que é solto horas depois. E, quando pegam um graúdo, ele nem vai preso porque tem bons advogados. Além de uma legislação penal que, ao fim e ao cabo, privilegia os bandidos.

Como toda empresa que evolui em tecnologia e busca novos mercados, agora os larápios eletrificados arrancam a cobertura dos contêineres de lixo, deixando a cidade suja e com fedor 24 horas por dia.

Apesar dos protestos, não há muito o que fazer. A não ser torcer para que uma cãimbra monumental pegue os lalaus. Ou que algum fio desencapado nos postes os mande para o além. Os prefeitos da Grande Porto Alegre também têm esse problema.

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Reunidos na associação dos municípios, a Granpal, discutiram como pôr fim a essa chaga. Todos repetem o mesmo mantra, tem que fazer alguma coisa. Mas ninguém sabe que coisa seria essa e nem como policiar as cidades.

Então, amável leitor, estamos à mercê de um exército de chinelões a soldo de espertalhões, com registro na Junta Comercial ou não, artífices de uma indústria que deixa as prefeituras e os cidadãos desmoralizados. Embora pareça um método radical, o sistema usado por algumas nações asiáticas de cortar a mão do gatuno não me parece tão cruel assim.

Estranhos no ninho

Não bastassem nossas aflições urbanas, no atacado os desfalques – não se usa mais essa palavra – e fraudes em grandes empresas estão a mil. Grandes cooperativas se veem às voltas com prejuízos, seja pelos efeitos da estiagem ou pela má gestão.

Para começar, cooperativa que se mete de pato a ganso e faz negócios que não são o que em inglês se chama hardcore, o negócio principal que originou a cooperativa. Esse filme é velho, desde os tempos da poderosa Cotrijuí dos anos 1970. No primeiro boom da soja, quando se plantava essa leguminosa até entre sepulturas de cemitérios do interior.

Em vez do foco no negócio, operavam supermercados, farmácias e outros segmentos nada a ver. Como não eram do ramo, o castigo veio a cavalo.

A festa do JC

Muito bonita a festa dos 90 anos do Jornal do Comércio realizada na Fiergs, que também comemora junto com o Dia da Indústria. Além do governador Eduardo Leite, oito dos 10 ex-governadores estiveram presentes, exceção de Alceu Collares (doente) e Antonio Brito.

Como diziam os colunistas sociais, tout le monde estava lá. Na minha carreira jornalística, peguei todos eles, inclusive os ausentes, então, falamos dos velhos tempos.

O gringo José Ivo Sartori foi, sem dúvida o mais largado deles, juntamente com sua esposa Maria Helena. O gringón é uma pessoa tão alegre sempre que vai passar dos 100 anos. É uma parada esse Sartori.

O peixão do Rigotto

Outro que tem história  é Germano Rigotto. Sempre que ele me encontra fala da peça que lhe preguei. Eu havia publicado uma foto do ex-vereador Bernardino Vendruscolo com um enorme peixe que havia pescado na Argentina.

Semanas depois, Rigotto me enviou uma foto de outro peixe enorme que ele havia pescado. Publiquei a foto na página 3 do JC com legenda sacana, que se pegassem uma lupa poderia ver no rabo do bicho o carimbo da Japesca.  Ele está dando explicação até hoje.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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