O pulo do sapo

13 mar • NotasNenhum comentário em O pulo do sapo

Bons tempos em que apelar significava apenas apelar para a ignorância. Pois não é que estamos nessa expressão de novo? A cantora de funk MC Pipokinha armou um barraco em show por permitir que uma fã fizesse sexo oral nela em pleno palco.

Imediatamente catapultado para as redes sociais, o vídeo despertou o que dele se esperava. Uma parte diz “É isso aí!”, e outra parte grita “Mas isso é sem vergonhice!”, e uma terceira não está nem aí. Faz parte dos shows de hoje buscar outros apelos ou para incrementar a música (?) ou para disfarçar a pobre melodia.

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Como já comentei, boa parte do mundo artístico apela para sexo ou outros artifícios para deixar a moldura do quadro mais bonita que o quadro. Que, em muitos casos, é de uma qualidade deprimente. Não só eles e elas, parte da mídia também apela para estratagemas parecidos.

O sexo está se vulgarizando tanto que hoje só choca quem viu a cena pela primeira vez. Faz parte do espetáculo, tanto quanto a orelha de porco faz parte da feijoada.

https://cnabrasil.org.br/senar

Xuxa, por exemplo, já disse que, antes de completar 60 anos, quer fazer swing (troca de casais). Esteja à vontade, sexagenária, não vais perder fãs, nem chocar a ONU ou o Vaticano.

Sexo em peças teatrais é usado há muito tempo, de novo para chocar e atrair o público. As comadres fingem  que estão escandalizadas. Mas aí mesmo que compram a entrada, para falar depois “Mas onde vamos parar?”.

Não só já paramos como vamos continuar, senhoras pudicas. Na segunda metade dos anos 1960, quando a censura federal pegava pesado, a peça Marat Sade, encenada no Teatro Leopoldina, usou sexo. Mas de uma forma, como direi, individual. O ator coadjuvante Jesus Pingo Azul fingia que estava se masturbando.

Fico curioso onde isso vai parar. Se cenas de sexo já não vão mais chocar, de repente atores e atrizes vestidas da cabeça aos pés vão despertar admiração e/oui desprezo entre o público.

Voltaremos ao passado, onde a visão de um tornozelo feminino levava .homens à excitação suprema. Muitos casamentos foram feitos e desfeitos por causa dessa parte do corpo humano. Escritores dos séculos XVIII já mencionaram isso nos seus textos.

Imaginem as cenas. Um cidadão vê uma mulher sentada em um banco mostrando o tornozelo e a assedia. Vem a cana, e o indigitado cidadão vai logo se defendendo.   

– Ela me provocou, seu delegado!. Estava quieto no meu canto quando ela me aparece seminua!

Por falar em sexo…

O cara era tão chegado em sexo que certa noite ele teve um AVS em plena orgia. Acidente Vascular Sexual.

Hotelaria

A rede de hotéis Laghetto não sentiu queda da ocupação hoteleira em Gramado em dezembro. Foi o que revelou o fundador da rede, Plínio Ghisleni, em entrevista ao programa Gramado. Na visão do empresário, alguns hotéis mais qualificados de Gramado exageraram no preço de final de ano e, por isso, houve uma redução na ocupação.

Bem, é o que sempre se disse, uma diária em hotel da região pode custar mais que em Nova Iorque. Então, sim, há controvérsias se a cidade não precisa parar de abrir hotéis. O que mudou, e mudou muito, é a vocação. Gramado virou um grande parque de diversões.

Quem é vivo sempre aparece

O narrador Pedro Ernesto Denardin completou 50 anos de RBS. É mais uma prova de que idade-experiência é documento. Não é só da geração dente de leite que a mídia vive.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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