O PERIGO DAS MÉDIAS

14 set • NotasNenhum comentário em O PERIGO DAS MÉDIAS

Se alguém colocar a cabeça em forno que está a 100 graus Celsius e deixar os pés na geladeira a -10 graus, a temperatura média seria suportável, mas os pés congelariam e a cabeça viraria carvão. Cautela com elas.

As mais

Ontem saiu um estudo de uma plataforma que pesquisou as cidades mais agitadas e as mais tranquilas de todo o mundo. Brasília ficou em quinto lugar entre as que dormem menos e a sétima em horas/trabalho.

À primeira vista faz sentido, mas abrindo a espiga os grãos de milho são diferentes. Suas excelências, deputados e senadores, ficam mais tempo acordadas que uma pessoa comum. Se é por este ou aquele motivo não interessa, eles trabalham ou pelo menos ficam acordados.
Da mesma forma,  o funcionalismo público pode trabalhar muito e dormir pouco, pelo menos entre os graduados. Já os bagrinhos, especialmente no que chamamos de subúrbios, devem trabalhar elo menos oito horas por dia. Pequenos empreendedores dormem pouco em qualquer cidade do Brasil. Portanto, não venham de borzeguins ao leito, a pesquisa é ilusória. Esse conceito de horas/trabalho sofreu violenta mutação na pandemia.

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É tranquilo dizer que os assalariados trabalham mais que nunca se estiverem em regime home office. A não ser que seja por tarefa, no dia a dia, essas pessoas acordam mais cedo que antes do coronavírus e vão direto o dia todo.

O celular e o tablet aumentaram a carga de trabalho de todos nós. Puxando brasa para minha sardinha, trabalho pelo menos 14  horas por dia. 

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Acordo as 6h e vou me informando, escrevendo, lendo, pesquisando por todo o dia e parte da noite. Neste sentido, sou um escravo. Verdade que sou CDF, não aceito fazer o mal feito.

Jornalista tem uma jornada além da normal, que seria cinco horas por dia mais uma hora extra perfazendo seis horas diárias. Quem pode fazer isso é o estagiário. 

Sempre se trabalha pelo menos oito horas por dia. Contando com a leitura e leitura por dever, vai mais. Dito assim, parece que o estagiário de jornalismo ou em um escritório ou um funcionário não comissionado são os que menos trabalham.

Já o cérebro trabalha praticamente 24 horas por dia em determinadas profissões, inclusive as liberais. Vem a pergunta para fins trabalhistas se pensar ou pesquisar faz parte ou não da jornada.

Tudo bem, tudo numa boa na canoa. Mas, para fins salariais, o empregador paga o tempo de oito horas diárias e deu. Conclusão óbvia: a pandemia obrigou todo mundo a trabalhar mais. É uma pergunta interessante para a mais valia daquele barbudinho que bagunçou o mundo, não é mesmo?

O mistério da imobilidade

Existe algo que me intriga nas pesquisas eleitorais Idec e Datafolha. Em ambas, inclusive nos últimos dois meses, Lula está bem à frente de Bolsonaro, com o petista oscilando para cima e o capitão para baixo. Mas, dentro da margem de erro, na faixa de 46% para 32%. 

Vão me dizer que os R$ 600,00 do auxílio Brasil; a redução do preço da gasolina – em 38% – e queda em 11 semanas consecutivas; a inflação em declínio; e o PIB crescendo, ao contrário de outros países emergentes; a redução do desemprego; tudo isso somado e diminuído, não resultou em um mísero avanço da intenção de voto em Bolsonaro?

Se realmente as urnas confirmarem esses percentuais, estaremos na frente do maior imobilismo da história das eleições brasileiras. Pode ser que, mais adiante, os dois  institutos – tidos como sérios por quem está na frente – façam uma continha de chegar. Mas, por ora, não se detecta essa necessidade. O tempo dirá.

Se o ex-Ibope e o Datafolha são os únicos confiáveis para os lulistas, supõe-se que os outros 14 ou 15 que dão menor vantagem para o petista e apontam o crescimento de Bolsonaro não são. O que pressupõe uma gigantesca conspiração de nanicos devidamente acordado entre si.

Tem a questão do método. É verdade. E tem o que eles não contam, o número de pesquisados por telefone e o porcentual dos que batem o telefone na cara do pesquisador.

Direito imobiliário

A Associação Gaúcha de Advogados de Direito Imobiliário Empresarial (Agadie) acaba de empossar sua nova diretoria para o biênio de 2022-2024. O atual presidente da entidade, Eduardo de Mendonça Heinz, foi reconduzido ao cargo.

Além dele, outros diretores tomaram posse. Entre eles os advogados Felipe Tremarin e Fábio Baldissera (que presidiu a entidade entre 2016 e 2018), ambos do escritório Souto Correa. A Agadie é uma das primeiras associações criadas no Brasil para tratar exclusivamente de questões jurídicas empresariais ligadas ao direito imobiliário.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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