O mundo visto de cima

10 jun • NotasNenhum comentário em O mundo visto de cima

Como nos documentários da Globosat, lá de riba tudo fica diferente, as criaturas parecem formiguinhas. Mas algumas coisas, nesse mundão velho sem porteira, nunca foram vistas antes. Dá até para dizer incrível, fantástico, extraordinário.  Uma delas vem da Itália. Uma província turística dá 100 euros para turistas que gastarem no comércio local. O troco virá em impostos e segura a quebradeira. Bom para os dois.

Novo milagre econômico

Na primeira metade dos anos 1970, em pleno regime militar, o PIB brasileiro crescia acima dos 8% anuais. O ministro da Fazenda, Delfim Neto, era chamado de czar da economia pela proeza. Advertia-se que, para manter esse ritmo, o Brasil teria que caprichar mais na infraestrutura. Só parte dela podia ser vista do espaço.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_conteudo_detalhe2.aspx?secao_id=3141&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=cdc_sustentabilidade&utm_content=centro_600x90px

Agora, em plena pandemia, o PIB do Brasil cresceu 1,2% no trimestre e pode chegar a 5% no final do ano, fato é publicado no Wall Street Journal. Não procure na nossa imprensa, a notícia ainda está viajando. A pé.

O Rio Grande do Sul fechou suas contas no azul após milênios de vermelhão. Coisas da gestão apesar da vírus da peste. Mesmo com praticamente toda arrecadação sendo dirigida para os efeitos da pandemia, o barco gaúcho avança apesar dos tempos.

Como na música de Paulinho da Viola, “faça como o velho marinheiro/que no meio do nevoeiro/ toca o barco devagar”.

Tempo abreviado

Repito sempre que, em um ano e pouco de pandemia, houve mudanças sociais, culturais e tecnológicas que levariam dez anos em ritmo de normalidade. Olha, até no namoro as regras mudaram. Às vezes para pior. Essa máscara…

Lei da Cama

Toda e qualquer ligação afetiva e sexual agora é ménage à trois. Duas pessoas e o coronavírus na mesma cama, mesmo ele estando ausente.

Sobrevida cruzada

Um dos motivos pelos quais o jornal impresso ainda é lido são as palavras cruzadas. Há uma multidão de viciados nelas. Os neurologistas repetem que a atividade intelectual retarda a senilidade e o tio Alza, além de ampliar o estoque de palavras dos que as completam.

Quando, e se, todos os impressos forem digitais, as palavras cruzadas poderão ser feitas por ferramentas também digitais. Digam o que disserem, não é a mesma coisa. O papel tem mais portabilidade. Essa cultura, todavia, deve desaparecer. Viram jovens fazendo palavras cruzadas?

Outro desaparecimento

Já viram jovens escrevendo cartas, cartas de verdade?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »