O motel do viaduto
Sucedeu que o mais ou menos longo foi muito longo sem mais nem menos. Quando acordou de manhã, estava só. A amiga havia sumido e levado sua carteira. Não existiam ações na época, então ela estava muito cheia. Deu-se conta que nem dinheiro para pagar a despesa ela deixou. Graças ao invento de Graham Bell, ligou do quarto para um amigo, que acorreu e o salvou do fiasco.
Seria apenas mais uma história para rir no futuro não fosse um detalhe. Alguns dias depois, quando almoçava no Gambrinus, um amigo o chamou para um particular. O sogro e a sogra dele viram ele e outro homem saindo do hotel da Marly, e confidenciaram para um amigo comum que era total surpresa que ele fosse dado a essas coisas de sexo homem com homem.
– Nossa mãe! Estou feito e desmoralizado! – falou a vítima, sem nenhuma cor no rosto, uma estátua cor de cal.
O desespero durou pouco. No dia seguinte, soube que fora pegadinha, um primeiro de abril fora de época. Não sabia se beijava ou se matava o autor da pegadinha. Por via das dúvidas, passou a pagar o motel antes.
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