O império do ranço

26 set • NotasNenhum comentário em O império do ranço

Se todo mundo é cordial aos sábados, as segundas-feiras são o império do ranço. Salvo para torcedor de time que venceu o jogo no domingo ou ganhou nas loterias da Caixa.

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A de hoje pode ser a segunda de roer unhas para candidatos da eleição. Como diziam os romanos no tempo dos Césares, alea jacta est, a sorte está lançada.

Mudanças de vento, faltando seis dias para as eleições, não mudam o curso do navio. Como no título da nota seguinte.

Ou vai ou racha

A expressão latina alea jacta est foi usada pelos romanos na guerra contra Cartago, sintetizada pela expressão delenda Cartago, destruam Cartago (cidade no Norte da África, nas guerras púnicas de 148 a.C), e a fronteira final era o Rio Rubicão. Milagres que erradamente chamamos de fenômenos são o resultado de um processo lógico não detectado a tempo, como costumo repetir.

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A vida também está cheia de processos lógicos. Casais que, para terceiros, eram casamentos ideais e de repente se separam, sem mais nem menos, nunca são sem mais nem menos.

Começaram lá atrás. E observadores atentos já vislumbraram as bolhas do processo de aquecimento progressivo. Fervura não é um fenômeno.

Casamentos, eleições perdidas ou vencidas  também largam bolhas bem antes. Então, alea jacta est.

Salvo o doutor imponderável, um ente que não anuncia sua chegada, mudanças desesperadas nos últimos dias que antecedem o dia das eleições pouco ou nada adiantam.

Como nos tempos da Roma antiga, e usando o jargão militar, não se bivaqueia na margem do Rubicao. Bivaque é armar um tripé estável com fuzis,  enquanto a soldadama dá uma cochilada.

Desinteligência

Como eu odeio o corretor de textos da Samsung. Ele é metido a besta, cria palavras que você nunca pretendeu criar. É a desinteligência artificial, parece os gnomos do Renato Russo. História: o DJ Claudinho Pereira conta o causo como o causo foi.

Nos anos 1980, Renato Russo e sua Legião Urbana fizeram um show em Porto Alegre, e Claudinho o empresariou. Por coisas de amor, Renato veio uma semana antes e pediu para ficar incógnito, neca de imprensa.

Nas idas e vindas da casa que alugou para o cantor, o DJ ficou impressionado como ele acreditava nas travessuras dos gnomos. Não só movimentavam objetos e faziam o pão com manteiga cair no chão com a manteiga do lado de baixo, como colocavam na sua frente coisas comprometedoras. Isso em especial o impressionou.

Semanas depois, Claudinho estava em almoço familiar quando sua mãe fez uma pergunta de inopino.     

– Claudinho meu filho, tu fuma maconha?     

– Não, mãe. Mas fala baixo que os gnomos podem estar ouvindo.

Estou convicto de que o corretor da Samsung é um gnomo.

O bar famoso

Essa é mais para os porto-alegrenses que conhecem a barlândia da capital. Um alemão de Novo Hamburgo resolveu curtir a vida noturna da cidade. Quando voltou, a vizinha que já morou em Porto Alegre perguntou qual bar ele tinha gostado mais.      

– Do PP.     

– PP? Nunca ouvi falar.     

– É muito famoso. O Par do Peto.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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