O fim da voz humana
Começou com as primeiras gravações de “não posso atender agora”. Depois, “disque 1 para isso disque 2 para aquilo” até encher. Sugiro “disque X para o raio que o parta”. Depois vieram as gravações feitas com empréstimo da voz humana como previsões de tempo e outras.
O processo ficou espantoso com a assistente virtual Alexa, que pelo menos funciona. Ela é cartesiana, pediu, respondeu sem nuances. Mas quando chegou a,era dos robôs falantes começou a Era da Confusão.
O caminho das ovelhas
Se a pergunta não estiver na rota das instruções eles entram em “curti”. Como ovelhas que saem da trilha e ficam perdidas. Vale também para humanos de assistências técnicas. Perguntou algo fora da trilha do aprendizado rápido e falho que receberam não sabem a resposta. Pior: quando não sabem, chutam.
Um lado
Um grupo de mulheres de presos protestou na frente do Palácio Piratini contra mudanças das visitas aos apenados.
Outro lado
Mulheres que perderam familiares assassinados por presos ainda não protestaram, a não ser compartilhando a dor junto aos que ficaram.
Muito barulho por nada
Querem saber qual o resultado prático dessa cúpula de Belém do Pará, fórum de países vizinhos para discutir desmatamento e ambiente? Nada.
A Amazônia continuará sendo desmatada até ficar reduzida a um parque.
A população vai crescendo, os interesses por madeira e minerais na região também.
O mundo transborda de febre e fazemos filhos como coelhos, especialmente coelhos pobres que não podem sustentar a ninhada. E tudo que é verde ao lado desaparece.
Patifaria
Já não basta sermos o país que gasta mais com partidos e eleições, liderança folgada, e agora vem mais uma no lombo dos otários. Recorde histórico em 2022, o fundo eleitoral de quase R$ 5 bilhões é pouco. Pelo menos é o que acham os líderes do Congresso, que pretendem aumentá-lo ainda mais para o pleito municipal do ano que vem.
A alegação é que, mesmo com esse valor, a campanha de 2022 teve verba curta para diversos candidatos e que o número de cargos em disputa no próximo ano vai ser maior, quase 70 mil, embora campanhas para prefeito e vereador sejam mais baratas.
Por trás da iniciativa há a busca por ampliar as bases municipais de olho nas eleições presidenciais de 2026. A informação é da Folha de S. Paulo.
A grande ideia
Todo mundo fala em sustentabilidade, empresas juram melhorar a sustentabilidade incluindo seus produtos, mas quem faz isso de verdade é a Lojas Renner. Toda sua linha de roupas é reciclável ou reaproveitável. Poluição zero no descarte.
Não custa lembrar que a indústria têxtil é a maior poluidora do planeta. Pior ainda quando são com fios sintéticos. Imaginem centenas de milhões de roupas que vão ao lixo diariamente. Por isso a Renner merece aplausos, ela e José Galló, hoje no Conselho de Administração.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
