O computador dos anos 1900

6 abr • NotasNenhum comentário em O computador dos anos 1900

Até meados dos anos 1980, quem não fosse bom em datilografia estava ferrado. Não conseguia emprego em escritórios, bancos, repartições públicas, não poderia ser secretária e nem trabalhar em qualquer área administrativa. Para ensinar a datilografar – e tinha que fazer margem precisa – surgiram as escolas de datilografia.  Evidentemente, havia os dedógrafos como eu, que conseguiam acionar rapidamente as teclas usando só dois dedos e os polegares para dar espaço. Meu caso.

computador dos anos 1900 exigiam aulas de datilografia

As pessoas não mudam, mudam as ferramentas.

Foto: FB/Luiz Fernandes 

Pobre Delon

Debaixo de uma depressão profunda há anos, doente, cansado, velho, sem presente nem futuro, optou por eutanásia consentida. Vocês devem ter lido. Bastou seu anúncio para que surgisse uma multidão  de fariseus vociferantes dizendo que ele era um covarde, que isso e aquilo. Meu Deus.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw34hn_home.aspx?secao_id=3388&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=afinidade_2022&utm_content=escala_600x90pxNinguém,  mas ninguém mesmo, nem psiquiatras, sabe o que se passa exatamente na cabeça de uma pessoa sã ou doente. Ninguém sabem avaliar a dor física ou mental de outrem. Sabemos teoricamente. Não existe uma régua de sofrimento colada no corpo que meça a intensidade da dor. E são esses meros espectadores que pregam moral de cuecas ou de calcinhas.

https://cnabrasil.org.br/senar

Não se terceiriza a dor e o sofrimento.

Tô nem aí

O troca-troca de partidos, uma espécie de adultério eleitoral, é de suma importância para os partidos. Mas, para o grosso do eleitorado, tanto faz quanto fez. O voto dessa enorme fatia é nas pessoas e não nas siglas, com exceção do eleitorado de esquerda com carteirinha.

Sonho ruim

Passei uns dias nas Terras Altas Motenses. Parei perto de um riacho para ver um ogro celta fabricando seu pure malt por um largo tempo. Sem olhar para mim falou.

– Você deve ser brasileiro.

Fiquei surpreso, nem tinha falado nada.

– Como você soube?

– Porque ficou só olhando em vez de perguntar como se faz.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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