O brilho do Césio

24 abr • Sem categoriaNenhum comentário em O brilho do Césio

A continuar a queda de leitura entre os jovens, em futuro bem próximo, o mundo será das figurinhas. Este quadro já é visível hoje no Facebook e em outras redes sociais. Por si só não deveria ser problema, desde que a leitura – no sentido de livros – seguisse em grau satisfatório. Não só nunca foi como está piorando.

A criação da máquina

Somando-se a este quadro tenebroso de mundo sem textos e no máximo com onomatopeias, seremos firmes como uma mação de segunda divisão com viés de terceira. Para ajudar o naufrágio, a Inteligência Artificial especialmente o Chat criador de textos a partir da simples menção do tema completará o desastre. Seremos meros coadjuvantes de máquinas.

Einstein dixit

Uma vez perguntaram a Albert Einstein como seria a III Guerra Mundial. A terceira não sei, disse ele, mas a quarta será com paus e pedras, aludindo à guerra nuclear total.

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Acredito que a terceira será nuclear com drones. Salvam-se os pilotos de joystick, mas o resto brilhará no escuro com o radioativo Césio 137, que te cozinha por dentro.

O fosso se alarga

O interessante é que a internet aumenta o fosso entre os que têm conhecimento e os que não têm estoque cultural. Pensávamos que estreitaria, mas aconteceu o contrário. O valão ficou mais largo e mais fundo.

Com a IA vai acontecer o mesmo com agravantes. Os burros ficarão mais burros, e os ignorantes serão cada vez mais e necessariamente ignorantes.

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A salvação é a iniciativa individual de querer se instruir e querer entender como as coisas são e como foram no passado. A visão da floresta além da visão da árvore, em resumo. Mas são exceções à regra.

Os escolhidos

Em última análise, as elites seguirão sendo cada vez mais elites. E a elas pertencerão quem pode pagar o aprendizado ou tem pais que podem bancar a educação nos melhores colégios e nas melhores universidades, onde os melhores formandos são escolhidos a tapa pelas grandes empresas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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