Nunca antes
“A verdade é que o Brasil nunca foi tão dependente de decisões políticas influenciando a vida privada.” A frase é do presidente da Federação Das Câmaras de Dirigentes Lojistas do RS, Vitor Augusto Koch, ao fazer o balanço do ano e perspectivas 2019. E aduziu: “2018 foi um ano pobre em economia e rico em história”. Caprichou no resumo o meu amigo Vitor Koch. Irreparável o conceito.
Por falar em irreparável…
Se Jair Bolsonaro não emudecer seus dois filhos vai sobrar para ele com juros e correção monetária. Até agora sempre achei – eu e muita gente – que o capitão era esperto e antecipava problemas, bem como os resolvia tão logo ganhassem volume. Mas deixou a rédea solta. Sempre há a possibilidade de ser jogada proposital do presidente eleito, mas se for, é um tiro nos dois pés. A devoção ao pai é louvável, mas não deve chegar ao ponto de comprometê-lo. Mas é o que está acontecendo.
Intervalo para a história
Faz lembrar uma frase do ministro Golbery do Couto e Silva, quando houve forte reação da esquerda radical depois de uma aprontada dos falcões do governo Ernesto Geisel: segurem seus radicais que eu seguro os nossos.
Geisel segurou do lado dele, por sinal, quando o linha dura comandante do II Exército Silvio Frota tentou abatê-lo. Os meios castrenses, os quarteis não o seguiram – Frota queria candidatar-se à presidência, contra os desejos de Geisel, que escolhera o general João Baptista de Oliveira Figueiredo como seu sucessor.
Após uma grave crise na cúpula do governo, o presidente Geisel o exonerou em 12 de outubro de 1977, substituindo-o pelo general Fernando Belfort Bethlem, um moderado, então comandante do III Exército, hoje Comando Militar do Sul. Estranhamente, esse quase-golpe não foi nem é discutido como merecia. Talvez porque a esquerda quer admitir que foi Geisel que deu início à abertura lenta, gradual e segura pregada por Golbery.
A Casa Azul
Quem conhece o Centro Histórico de Porto Alegre sabe que a rua Riachuelo está trancada desde maio, uma quadra antes da esquina com a Marechal Floriano. O motivo é um prédio histórico que corre o risco de desabar, a Casa Azul. Havia um impasse entre a prefeitura e os proprietários do imóvel.
Como em todo prédio tombado, quem precisa arcar com os custos da restauração é o proprietário, o que acho uma injustiça. Não pode vender o imóvel e a única benesse (!) é não precisar pagar o IPTU. OK. mas o que se faz com um prédio que não pode ser mexido? O epílogo – ou quase, foi acertado ontem.
O Município de Porto Alegre, o Ministério Público do RS e os proprietários da Casa Azul, chegaram a um acordo sobre a manutenção e restauro da mesma. Em audiência de conciliação na 3ª Vara da Fazenda Pública, os proprietários apresentaram cronograma para o restauro, elaborado a partir de ações e etapas definidas pela Coordenação da Memória da Secretaria Municipal da Cultura (SMC). Orçada em R$ 1.365.000, a obra será realizada com recursos da família.
Foto: Maria Ana Krack / PMPA
Mesa Diretora
A Câmara Municipal de Porto Alegre realizou ontem a eleição da Mesa Diretora para o ano de 2019 e dos integrantes de suas seis comissões permanentes. Eleita por 28 votos a 7 – assim como todos os parlamentares que disputaram os cargos que compõem a Mesa – a vereadora Mônica Leal (PP), que encabeçou a Chapa 1, é a presidente do Legislativo municipal para o próximo ano. Na segunda foto, ela aparece com o vereador Aldacir Oliboni (PT), que concorreu como cabeça na Chapa 2.
Fotos: Leonardo Contursi/CMPA
Natal no HMV
O Hospital Moinhos de Vento convida a comunidade para celebração de Natal nesta terça, dia 11 de dezembro, a partir das 20h, no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm (4º andar – bloco C) – entrada pela Ramiro Barcelos, 910. A celebração terá encenação do nascimento de Jesus com o grupo de teatro do Hospital e músicos convidados. A entrada é franca.
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