Novos negócios
Na segunda metade dos anos 1990, um amigo ligado à ecologia, mostrou-me um exemplar do jornal Gazeta Mercantil com longa matéria sobre meio ambiente. Estava emocionado. Esfriei um pouco seu entusiasmo quando mostrei a cartola, o indicativo de qual assunto se referia o tema. Estava escrito “Novos Negócios”.
A cartola tinha razão
Hoje, empresas do mundo inteiro, incluindo grandes corporações, empenham-se em emitir baixo carbono e energia limpa. Não é contágio do Greenpeace não, é economia mesmo. São os novos negócios. Ainda bem.
A Pirelli, por exemplo, que fornece os pneus da F1, está buscando materiais novos para que não poluam ou poluam muito menos seus produtos. São novos negócios para ela e fornecedores que produzem componentes. Nos pneus antigos, a matéria-prima levava o estranho nome “negro de fumo”, o que causa a fumaça preta quando se queima um.
Variações em torno do mesmo tema
No fundo, tudo se resume um antigo provérbio: a dor ensina a gemer, que, por sua vez, pode ser o equivalente ao ideograma chinês que, ao mesmo tempo, significa crise e oportunidade. O que é nada mais nada menos que um processo dialético que inspirou Friedrich Engels que inspirou Karl Marx, a Santíssima Trindade do Comunismo – as emblemáticas figuras de Marx, Engels e Lênin, mas na ordem inversa.
Unha encravada
Que por sua vez é uma religião. Dele surgiram seitas, que conhecemos muito bem no Brasil. O marxismo e a única filosofia que se julga capaz de explicar tudo, até unha encravada. Explica, mas não resolve.
A outra Santíssima Trindade
Certa vez, li que depois do Antigo Testamento da Bíblia, do seu equivalente Torá dos judeus, e de Shakespeare, tudo vem, desta sim, Santíssima Trindade. O resto são apostos, interpretações e corolário. Tendo a assinar embaixo. Por isso Francis Fukuyama, aquele do fim da História, não foi entendido.
Historinha religiosa
Contada pelo jornalista Carlos Brickmann (www.chumbogotdo.com.br): “O jornalista Helio Schwartsman abriu uma igreja para mostrar o processo numa reportagem. Foi rápido, fácil e barato: em pouco tempo o repórter era o chefão da Igreja Heliocêntrica, com direito a isenção de impostos para ele e a família. Hélio Schwartsman abriu a igreja, fez a reportagem e fechou-a”.