No tempo do capricho
O Centro Histórico nos anos 1940 tinha disso, automóveis em penca estacionados na Rua da Praia, na frente da Praça da Alfândega. À esquerda o Clube do Comércio. O que eu queria era chamar atenção para o impecável calçamento. Comparem com o de hoje. Toda a Rua da Praia até a esquina com a rua Dr Flores era assim.
Mudanças no hino
Mais um 20 de Setembro que passa cantando e contando nossas glórias passadas. Desde sempre venho sugerindo mudança no Hino Rio-grandense na parte que diz “sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”. Acho que ficaria mais de acordo “sirvam nossos modelos de façanha a toda terra”.
Sobre desistências
Os telejornais brasileiros só sabem contar desgraças. Até notícia boa é ruim. Por isso, muitos telespectadores desistiram de vê-los.
Marco da solidão
Tem dia do amigo, tem aniversário de amigos, tem amigo no trabalho, amigo na vizinhança, amigo de infância, parentes amigos. Então, todos nós devemos ter carradas de amigos, certo? A julgar por uma pesquisa do PoderData, não. O trabalho mostrou que, depois da pandemia, apenas 21% declararam ter amigos e 9% disseram que só têm um.
Assassino de amizades
O vírus fez mais estragos que a vã filosofia explica. O isolamento forçado parece não ter proporcionado a manutenção do capital de amizades de antes. Talvez muitos amigos esqueceram ou não puderam mantê-los por falta de contato físico. Internet não dá abraço.
A vez do Paulinho
Então é tudo muito triste o que estes tempos fizeram para todos nós. Como no samba do Paulinho da Viola, danço eu, dança você na dança da sólidão.
Eu, eu, e eu mesma
Cris Galêra, uma modelo de lingerie voluptuosa e influenciadora do Brasil, recentemente se casou fora de uma igreja católica, em São Paulo, em nome do “amor-próprio”. Não foi no sentido figurado, casou-se na igreja de vestido branco com decote longo.
Justificou o autocasamento dizendo que se amava muito. Aí abre-se um leque de considerações, tais como a possibilidade de se divorciar quando não gostar dela mesma. Ou a possibilidade de traição se tiver relações com homens (ou mulheres).
Neste caso, ela pagaria pensão para ela mesma?
Uma questão de genitália
O número de novos casos de Covid até este mês é o menor desde o ano passado. Mas, diz um sanitarista da Fiocruz, se a vacinação não avançar, se as pessoas não se cuidarem e se a Delta se espalhar, o quadro pode ficar ruim de novo.
Se minha tia tivesse genitália masculina não seria minha tia, seria meu tio.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
