No tempo das carabinas

9 maio • NotasNenhum comentário em No tempo das carabinas

É o nome de um livro que descreve como eram os combates aéreos na I Guerra Mundial. No início, em 1914, os aviões eram usados apenas para observação do território inimigo. Chegavam a bater continência para pilotos da aviação inimiga, e eram correspondidos.

Um ano depois, algum conhecido descobriu que o observador podia atirar com um fuzil no piloto adversário e lançar bombas leves sentado em uma espécie de cesto na frente ou atrás do piloto. Já não se batia mais continência.

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Meses depois, outro sabichão inventou que o próprio piloto poderia atirar com uma metralhadora postada bem à sua frente. Problema: os tiros atingiam as pás das hélices e só algumas conseguiam passar.

Solução: sincronizar as RPMs do motor de modo a não atingir as pás. Funcionou, mas o motor perdia potência quando mais o piloto precisava dela.

Só mais tarde outro mau caráter enxergou o óbvio, colocar a metralhadora em cima da asa superior – usavam-se biplanos – longe da hélice. Na II Guerra Mundial, os caças eram monoplanos, então não só uma, mas várias metralhadoras calibre .50 foram dispostas nas asas. A munição ficava embutida nas asas.

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Por volta de 1943, os engenheiros viram que dava para colocar armamento mais pesado, e incluíram canhões de 20mm com munição explosiva. Melhor, os alemães passaram a colocar um canhão de 30mm e 40mm dentro do eixo-motor, chamado coaxial, com mais chances de acerto e muito mais devastador.

Essa é uma pequena amostra de como a Humanidade desenvolveu a arte de matar com mais eficiência. Nos veremos no inferno.

Um país de equivocados

Há tempos, um médico me contou que atendeu um adolescente com alergias típicas de primavera, como explicou aos pais. O menino perguntou o que era primavera.

Não é engraçado. Ignorâncias desse tipo são comuns hoje em dia. A culpa é dos pais, omissos e que mimam os pimpolhos.

A gurizada vive imersa no que chama de realidade virtual. Perdão, vivem uma fantasia virtual com essas  tecnologias escapistas. Quando são obrigados a encarar o mundo, não sabem o que é primavera.

A legislação da criança e adolescente impede que as crianças do campo ajudem os pais na lavoura, entre outras barbaridades. O resultado é que estamos criando um Brasil de poltrões.

Diga como pode dar certo uma nação que só contempla direitos sem deveres. Não pode. 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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