Moeda forte
A construtora gaúcha Melnick passa a aceitar criptomoedas para pagar os imóveis que vende. Ô gente boa da Melnick, aceitam rublos também?
Apagão
A imprensa gaúcha está vivendo um apagão de informações. O papel não se desdobra, e a edição virtual também tem seus limites. Mas o fulcro do problema é outro. Com a magreza das redações e corte de custos, a preferência por assuntos que vêm de longe, mesmo tendo passado por meia dúzia de subestações de edição de texto. De perto só os obrigatórios, tragédias etc.
Quem perde com isso…
…é o leitor que gosta de um leque maior de assuntos. De há muito digo que o dinheiro está no interior, Porto Alegre é uma cidade de pelados. Olhem a Expodireto de Não-Me-Toque. O paradoxo é que nos tempos de comunicações precárias os jornais cobriam esse mesmo interior. Segredo? As centrais do interior, cujos pioneiros foram os jornalistas Luis Figueiredo e Antônio Britto – sim, o ex-governador.
O sentimento dos munícipes é que os jornais da capital só vão a eles quando acontece uma tragédia, como o caso recente das queimadas. Como sempre repito, tudo sobre a China, nada sobre a esquina.
Atualizações
No jornalismo impresso há uma certeza: nada mais velho do que o jornal de hoje. Nos virtuais, a atualização é demorada. Só o que entra rápido é matéria de conteúdo editorial, nome pomposo para ocultar publicidade para sob forma de texto. Me engana que eu gosto.
Deu pra ti, Putin
Não tenho essa certeza. Na Rússia de ontem só se sabia o que saia no oficial Pravda e na agência Tass. Na de hoje, pós-União Soviética, é a mesma coisa. Tudo censurado. O russo de ontem e de hoje tem em comum o fato de viverem atemorizados. Opinião sobre a guerra? Não me comprometa. O tovarich (camarada) Putin proíbe até o uso da palavra “guerra”.
Na fila do paraíso soviético
Há uma história sobre os tempos da União Soviética. Alguém está na fila do pão desde a madrugada e, para passar o tempo, puxa conversa com o que está na sua frente. Inocentemente, pergunta o que ele acha do time de futebol Dínamo, de Moscou. O outro corta bruscamente o papo.
– Um amigo meu vivia achando e até hoje não encontraram ele.
Velhos vícios, mesmas bobagens
A entrevista coletiva dada pelo chanceler Lavrov, o parachoque do presidente Putin, mostrou que os jornalistas internacionais têm o mesmo déficit de atenção e capacidade de perguntar besteiras como os nossos – nem todos, claro. Lavrov chegou a se irritar com as mesmas perguntas já feitas por colegas e devidamente respondidas.
Eu me angustiava comas coletivas das entidades empresariais as confraternizações de final de ano com a imprensa. Mesma coisa. E jornalistas de alguns veículos se acham superiores aos demais e furam a fila das perguntas. Na maioria das vezes, já respondidas. É só pelo tolo orgulho infanto-juvenil de dizer “Olhem como sou inteligente”.
Mega sonho
A Mega Sena voltou a acumular e ganque deve pagar R$ 130 milhões no sábado. Se ganhar direi ufa!, já posso encher o tanque do carro.
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