Moeda forte

11 mar • NotasNenhum comentário em Moeda forte

A construtora gaúcha Melnick passa a aceitar criptomoedas para pagar os imóveis que vende. Ô gente boa da Melnick, aceitam rublos também?

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Apagão

A imprensa gaúcha está vivendo um apagão de informações. O papel não se desdobra, e a edição virtual também tem seus limites. Mas o fulcro do problema é outro. Com a magreza das redações e corte de custos, a preferência por assuntos que vêm de longe, mesmo tendo passado por meia dúzia de subestações de edição de texto. De perto só os obrigatórios, tragédias etc.

https://cnabrasil.org.br/senar

Quem perde com isso…

…é o leitor que gosta de um leque maior de assuntos. De há muito digo que o dinheiro está no interior, Porto Alegre é uma cidade de pelados. Olhem a Expodireto de Não-Me-Toque. O paradoxo é que nos tempos de comunicações precárias os jornais cobriam esse mesmo interior. Segredo? As centrais do interior, cujos pioneiros foram os jornalistas Luis Figueiredo e Antônio Britto  – sim, o ex-governador.

O sentimento dos munícipes é que os jornais da capital só vão a eles quando acontece uma tragédia, como o caso recente das queimadas. Como sempre repito, tudo sobre a China, nada sobre a esquina.

Atualizações

No jornalismo impresso há uma certeza: nada mais velho do que o jornal de hoje. Nos virtuais, a atualização é demorada. Só o que entra rápido é matéria de conteúdo editorial, nome pomposo para ocultar publicidade para sob forma de texto. Me engana que eu gosto.

Deu pra ti, Putin

Não tenho essa certeza. Na Rússia de ontem só se sabia o que saia no oficial Pravda e na agência Tass. Na de hoje, pós-União Soviética, é a mesma coisa. Tudo censurado. O russo de ontem e de hoje tem em comum o fato de viverem atemorizados. Opinião sobre a guerra? Não me comprometa. O tovarich (camarada) Putin proíbe até o uso da palavra “guerra”.

Na fila do paraíso soviético

Há uma história sobre os tempos da União Soviética. Alguém está na fila do pão desde a madrugada e,  para passar o tempo, puxa conversa com o que está na sua frente. Inocentemente, pergunta o que ele acha do time de futebol Dínamo, de Moscou. O outro corta bruscamente o papo.

– Um amigo meu vivia achando e até hoje não encontraram ele.

Velhos vícios, mesmas bobagens

A entrevista coletiva dada pelo chanceler Lavrov, o parachoque do presidente Putin, mostrou que os jornalistas internacionais têm o mesmo déficit de atenção e capacidade de perguntar besteiras como os nossos – nem todos, claro. Lavrov chegou a se irritar com as  mesmas perguntas já feitas por colegas e devidamente respondidas.

Eu me angustiava comas coletivas das entidades empresariais as confraternizações de final de ano com a imprensa. Mesma coisa. E jornalistas de alguns veículos se acham superiores aos demais e furam a fila das perguntas. Na maioria das  vezes, já respondidas. É só pelo tolo orgulho infanto-juvenil de dizer “Olhem como sou inteligente”.

Mega sonho

A Mega Sena voltou a acumular e ganque deve pagar R$ 130 milhões no sábado. Se ganhar direi ufa!, já posso encher o tanque do carro.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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