Mentiras descabeladas
Postado no Facebook por Francisco Silveira
“E então escuto no rádio do carro que vai acontecer um evento lembrando um fato ocorrido em 1978, entre John Kennedy, Marilyn Monroe e Maria Callas. Nesse ano, os três já haviam falecido. Talvez fosse uma sessão espírita! Como falta informação na mídia atualmente…!
Já li também que antes do impeachment do Collor, seu celular estava grampeado pela Polícia Federal. E nem existia ainda celular no Brasil! Enfim!”.
A sinuca do Elvis
Por volta de 1997, publiquei uma nota sobre falsidades que se liam até em veículos sérios, informações absurdas que hoje chamamos fake news. Com todas as advertências possíveis, escrevi que Elvis The Pelvis Presley estava vivo e era dono de um miniesnuque – uma mesa de sinuca de tamanho reduzido, febre nos anos 1980, no bairro Menino Deus.
Muita gente acreditou, sem ler as advertências. Um leitor me recriminou, dizendo que estava vivo, sim. Mas que morava em lugar ermo do Alasca, com rosto desfigurado por cirurgia plástica. Como eu podia achar que ele iria morar em Porto Alegre? Dias depois, um jornal achou um sósia dele em Gravataí.
Vai ver, era ele mesmo, e se mudou para escapar de eventual assédio da mídia por seu esconderijo ter sido relevado.
No final do século XIX, um empresário circense chamado P.T. Barnum aplicou uma série de golpes. Perguntado como fazia para ludibriar os incautos, respondeu com uma frase que ficou famosa: “Nasce um otário por minuto”. Hoje, nascem milhares.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
