Abaixo da superfície…

26 abr • NotasNenhum comentário em Abaixo da superfície…

… está o mundo real. Enquanto no atacado, o tráfico esconde seu dinheiro em criptomoedas, livre do olho grande; no varejo ele troca fios de cobre por drogas para viciados em crack.

É uma doideira ampla, geral e irrestrita, loucura que só faz sentido sob a ótica da perda de controle. O Estado só lambe as feridas, impotente como uma gazela machucada e se achando esperto como raposa.

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Volta e meia ouvimos a expressão “alguém tem que fazer alguma coisa”. Pois ninguém faz. Nem o Congresso Nacional, esse andaime de demagogias, com poucas exceções, de gente que luta em minoria. Nem o Judiciário arrosta o Poder Legislativo para que tome providências – não cabe a ele mudar a Lei.

E o Executivo faz de conta que não é com ele. Mas quem falta de verdade? A sociedade, ora bolas, nós.

Uma palestra aterradora

Somos um transatlântico desgovernado e com constantes correções de rota, raspando recifes e bancos de areia, navegando eternamente em águas turbulentas. De olho em algum ponto seguro que nunca aparece no radar. 

https://cnabrasil.org.br/senar

Ontem, a Câmara Brasil Alemanha propiciou palestra do professor  da Fundação Getúlio Vargas, Paulo Tenani, da Acqua Wealth Management, sobre os desafios do Brasil, ou o Brasil na encruzilhada. Paulo foi de uma clareza e didática impressionantes.

Para dizer a verdade, todos os que lá estiveram ficaram muito, muito preocupados com o rosário de malfeitos do Brasil e seus governantes ao longo das últimas décadas. Um dos comensais a classificou com “aterradora”, diante do tamanho de desgraças antigas e provavelmente sua repetição futura.

Ele começou com o embate dos chamados monetaristas e desenvolvimentistas. O porta-voz dos primeiros foi Roberto Simonsen, ministro do primeiro governo Getúlio Vargas.

Se fomos mal de 1980 em diante, nos últimos 10 anos foi ainda pior, com crescimento médio anual de 1,3%. Não cobre nem o crescimento populacional.

Por isso, o empobrecimento da classe média nas últimas décadas tem sido absurdo. No governo Dilma Rousseff se dizia que classe média alta era alguém que ganhava R$ 3 mil por mês, um absurdo sem tamanho para mascarar a incompetência.

Ora onde já se viu classe média alta ganhando esse valor. Nem para classe média baixa serve.

Classe média pelada

Não por acaso, o governo José Sarney nos anos 1980, após a redemocratização, é chamada de década perdida. Para começar, o maranhense autor do livro Marimbondos de Fogo declarou moratória unilateral. E as torneiras de dinheiro do exterior sacaram.

A inflação explodiu, como sabe quem viveu a época. Bueno, e a saída, onde fica a saída? A essa altura, eu acho que não tem saída, a não ser levando devagar, mergulhado em lama fétida até o pescoço agradecendo por ninguém fazer marola – provisoriamente.

A palestra do professor da FGV não contemplou o nossos políticos. Com este Congresso, que a cada legislatura fica pior que o anterior, estamos mesmo condenados ao fracasso. O Brasil é um looser, perdedor, mesmo se achando o tal.

Porém…

…e sempre tem um,. quebrar de verdade não quebramos. E o outro porém é: desde que não venha turbulência social de verdade. Oremos.

Missão cumprida

O presidente do Banrisul deixa o cargo nesta condição. Cláudio Coutinho deixa o comando do banco estatal para Fernão Lemos, que já foi diretor no passado nos governos Rigotto e Yeda Crusius. Portanto, é do ramo.

Por falar em processo

Eu sempre quis falar mal do tomate seco e da rúcula. Mas diante de tanta patrulha, é melhor começar a falar bem dessa dupla. É ruim pra caramba, mas é bom. É o máximo que chego.

Delícias da Serra

Fondue é aquela forma do dono do restaurante fazer você cozinhar por ele e ainda receber por isso mais os 10% do garçom. O bônus é o cliente sair enfumaçado e cheirando a azeite.

Do cineasta francês Claude Chabrol; descobri que a burrice é mais interessante que a inteligência, porque não tem limites.

Nova galeria

No próximo dia 27 de abril, será inaugurada a Galeria Arte Real, com obras de vários artistas de renome e a exposição de telas e esculturas, das 19h às 21h. A proprietária é a artista plástica Rejane Hirtz Trein, formada na FAI nos EUA. Assis Brasil, 951.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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