Historinhas políticas

12 abr • NotasNenhum comentário em Historinhas políticas

O senador gaúcho Daniel Krieger, uma espécie de algodão entre os cristais nos tempos do regime militar, estava posto em sossego com um amigo. Bebericava seu uísque e assistia televisão quando o noticiário deu voz a um político conhecido e chegado ao governo militar, que fora acusado de práticas ilícitas no trato da coisa pública.

Indignadíssimo com as acusações, o político as rebateu e terminou sua peroração com uma frase de efeito.

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– Quero deixar bem claro que isso é uma calúnia!

Krieger assistiu a fala sem dizer palavra. Quando a entrevista terminou, ele se virou para o amigo.

– Pior que é uma calúnia verdadeira…

Historinhas da juventude  

Mamãe sempre me avisou sobre as más companhias. Uma delas era eu mesmo.

O gênio dos gênios

A prova de que é possível viajar no tempo é Leonardo da Vinci (1492-1519). Há cientistas admiráveis do passado que viram e previram coisas que só agora existem. Engenheiros e arquitetos que usaram técnicas desconhecidas por seus pares, bacteriologistas, pintores e escritores. Mas nenhum foi tão multifacetado como Leonardo da Vinci.

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Não é possível. Ou ele recebia visitas ou mensagens extraterrestres ou ele viveu em algum tempo do século XX e conseguiu voltar para a época do Alto Renascimento.

Vivo fosse, Leonardo di Ser Piero da Vinci faria aniversário dia 15 de abril. Até a biografia pode ter sido invenção – filho ilegítimo de um notário e uma camponesa.

Nem vou falar do pintor Leonardo, nem da Mona Lisa e outras obras monumentais. Fixo nele como inventor que antecipou catapulta, helicóptero, submarino entre outros, e o Da Vinci anatomista e estudioso do corpo humano.

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Minha convicção, no entanto, se verdade for, encerra um monstruoso paradoxo. Se ele foi mesmo do nosso tempo, poderia ser apenas alguém “normal”, embora pintor formidável que, por algum motivo, não conseguiu ser bem sucedido.

No que diz respeito às invenções, qualquer um de nós pode fazer desenhos toscos de aviões, submarinos, helicópteros. E, como pintor, poderia ser capaz de desenhar o corpo humano, seus músculos e tendões.

A gloriosa dúvida é se ele resolveu morrer naquele tempo em 1519, ou foi atingido por alguma doença antes de empreender a viagem de volta ou voltou e continuou desconhecido, sem ter como provar que ele era o próprio Leonardo da Vinci. Essa seria a tragédia suprema. A não ser que ele tenha voltado e preferido morrer no anonimato dando risada dos pobres ignaros.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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