Eu e minha selva

23 mar • NotasNenhum comentário em Eu e minha selva

Fernando Albrecht

Por min, plantaria flores na sacada, mas como é a mulher quem manda, eis o resultado. Pelo menos não podem me acusar de desmatamento, ao contrário. Acho que pode ter até animal no mato. O Tarzan e a Jane estão interessados, e a Chita dormiria nos galhos. Mas o ideal para Jane seria uma árvore com quatro galhos, um para visitas e, quem sabe para filho ou filha da Chita.

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Viver de mesada é ruim

Após três semanas depois de sofrer sanções de países europeus, o oligarca russo Mikhail Fridman disse em uma entrevista que não sabia como viver. A informação é do portal americano Bloomberg. A fortuna de Fridmann era calculada em US$ 10,1 bilhões, mas com as sanções ele perdeu US$ 4 bilhões.

https://cnabrasil.org.br/senar

Para os gastos mais urgentes, precisa pedir ao governo britânico – ele vive na Inglaterra – uma mesada equivalente a R$ 150 mil. Outros megabilionários russos estão na mesma situação. Tudo por causa da aventura de Putin. Como a maioria está alavancada em bancos ocidentais, podem cair pelo efeito dominó. Essa historia está longe de terminar.  A guerra apenas começou.

Fiel companheira

Durante os dois anos do ficar em casa e trabalhar o dobro do que o presencial, essa era minha visão mais comum. A pandemia nos fez um mal desgraçado. Perdemos paisagens, ganhamos neuroses, famílias foram destroçadas, lares desfeitos, empregos perdidos, uma pequena amostra. Em vou falar no prejuízo dos estudantes, uma lacuna que afetou a já deficiente educação universitária.

No entanto, rir é preciso. O riso nos salva da loucura. Abençoados sejam o que nos fazem rir.

Outro dia, me peguei estranhando um lugar que sempre frequentei. Pessoas conhecidas como sempre, mas eu me peguei tipo estranho no ninho, um certo desconforto. É como ficar no exterior por dois anos e voltar. Mesmo sendo a mesma paisagem, não é igual a de antes. É a cabeça, irmão, dirão vocês. Ok, mas não serve de consolo.

A vida, no fim das contas, se divide em antes e depois de ficar e trabalhar em casa. Parece que foram dez anos e não dois ou um. Acredito que o aumento dos distúrbios mentais em homens,  mulheres e crianças recém começou.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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