Epidemia de obesidade
Há anos, fui a um lançamento de produto novo da GM em Los Cabos, México, que é reduto de milionários americanos juntamente com Cabo San José, que fica a poucos quilômetros dali. Nunca vi tamanha concentração de hotéis 5 estrelas e iates grandalhões, desses de cinema, com heliponto e lancha auxiliar.
Lá pelas tantas, fomos almoçar num restaurante da rede Ruth’s. As carnes são tão macias que dispensam a faca, colher quebra o galho.
No meio do almoço, começou a entrar um grupo de americanos, todos obesos. Eram dezenas e não vi nenhum magro, nem entre as mulheres. Perguntei a um brasileiro que era guia turístico se era excursão de obesos, e ele ficou espantado. Não, são pessoas comuns.
Podemos ver isso em filmes, no showbizz. Magros americanos são exceção. Pois isso se vê por aqui, como Porto Alegre. Adolescentes já obesas são regra. Sabemos de quem é a culpa, fast-food e apetite insaciável. Muitas vezes por falta se opção.
Isso é um fato comprovável. Basta caminhar em ruas com grande fluxo de pessoas e observar as filas nas paradas de ônibus.
Saída? Eu não sei. Proibir comidas (e salgadinhos) – chamadas de porcaria -ameniza, mas não resolve. E nem teria como sem uma revolta da população.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
