Eles não aprendem
Se existe uma coisa que políticos, governantes e aspirantes a cargo eletivo não conseguem entender é que números em penca não funcionam na televisão e até mesmo em PowerPoint. Mesmo assim, insistem. Quando em palestras é a mesma coisa. A plateia quer coisas do futuro e não do passado.
Entendo muito bem porque isso acontece. Os assessores pegam o patrão e dizem que ele precisa mostrar o que tem feito, mostrar serviço. É tudo o que eles querem, mas é difícil um secretário ou ministro entender que não é por aí.
Quem muito cuida do passado não tem projeto para o futuro. O que também vale para certos partidos políticos que estão sempre voltando no tempo. Ainda vão dizer que Noé construiu a arca com trabalho escravo e que botou os filhos menores a trabalhar. Mas essa já é outra história..
Guilherme, o sábio
Não tenho maiores intimidades com Guillaume Apollinaire, Wilhelm Albert Vladimir Apollinaris de Kostrowitzky. Sabia apenas que ele criou a palavra surrealismo. Como tenho fascínio por nomes antigos que por si só já são uma história, fui atrás da biografia.
Este francês foi escritor, poeta e ativista na Paris do final do século XIX. Um pedaço da sua obra mexeu comigo. Um trechinho só. Mostrou ser visionário. Ei-lo:
Incerteza, oh, que deleite
Vós e eu nos vamos
Como se vão os.
caranguejos,
Para trás, para trás.