É uma estrela cadente?

11 mar • NotasNenhum comentário em É uma estrela cadente?

Já são duas as pesquisas que medem a queda de popularidade de Lula e seu governo. Os governistas estão quebrando a cabeça para entender por que o que ontem foi bom agora não é mais.

Então, estão anunciando obras e mais obras. Para começar, obra é bom e deveria fazer parte do plano de governo como normalidade e não como mágica para reverter impopularidade.

Todos concordam que…

…as desastradas declarações públicas de Lula sobre Israel causaram um rombo no casco. Defender ditaduras como a da Nicarágua ou fazer piada como a Venezuela achando que é uma democracia custa caro à sua imagem. 

https://www.veloe.com.br/banrisul?utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=p_blog&utm_campaign=tag_banrisul&utm_content=escala_600x90px

Mas não é só Israel. Ao longo do ano passado e parte de 2024, o presidente desferiu 57 declarações desastradas, para ser caridoso. É como diz o provérbio, tanto o cântaro vai à fonte que um dia se quebra.

Neste caso, quebrou o encanto. Salvo uma volta por cima.

A beleza cansada

Nem Lula nem o PT parecem estar se dando conta de que os que gostavam do presidente nos dois primeiros governos já estão mais velhos e, provavelmente, mais pobres. E a massa de novos eleitores podem não adorar tanto como seus pais.

www.brde.com.br

Ok, ele ainda tem 61% de aprovação no Nordeste. Mas dali para baixo é uma devastação

O voto da gôndola

Há muito tempo, existe a crença de que o otimismo de Fernando Haddad vão fundo na alma popular. Mesmo que ele pratique outro ditado, o que diz dar o tapa e esconder a mão Entendido como mais arrecadação pela ampliação dos tributos.

E para quê? Para cobrir o rombo fiscal. Que cobrará caro mais adiante.

https://cnabrasil.org.br/senar

Entre a gôndola do supermercado e Fernando Haddad, o brasileiro acredita mais na primeira.

O tecido esgarçado

Os entregadores do iFood sofreram mais de 13 mil violências em apenas três meses. Junte a isso as demais violências do dia a dia e teremos o retrato de um tecido social esgarçado até o limite com rupturas aqui e acolá.

Esse é o grande problema do governo. De todos nós, para deixar claro.

Todo dia é dia de infâmia

Todos os anos é a mesma coisa. No Dia da Mulher, escolhemos figuras representativas do inverso feminino.

Pois mesmo com atraso -estive internado com infecção urinária, vocês sabem- homenageio as mulheres anônimas que nunca ganharão medalhas e não serão homenageadas por jornais ou entidades. Falo das que cuidam dos filhos, moram mal, comem mal, levam uma ou mais horas para chegar ao trabalho para ganhar o insuficiente a uma vida digna. E que, à noite, voltam mortas de cansadas para fazer as tarefas caseiras.

E mesmo sem vontade ainda tem que ceder aos caprichos sexuais do marido que voltou do bar da esquina com bafo de cachaça.  Estas heroínas não são lembradas. Pois eu me lembro.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »