Duas safras
Cerca de 350 pessoas compareceram ao seminário Duas Safras, em Porto Alegre, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS). Após o sucesso da primeira edição do programa em Santo Ângelo, em 31 de maio, a Etapa Capital ocorreu em 28 de junho, nesta terça-feira, com o intuito de intensificar a produção agropecuária nas áreas disponíveis nas safras de inverno e de verão, esta última principalmente em terras baixas. As próximas oito edições do seminário devem acontecer até o final do ano, de acordo com as especificidades produtivas de cada região.
O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, abriu o evento afirmando que o Duas Safras é uma expressiva oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul a partir da agricultura e pecuária feitas nas propriedades rurais do estado. “Temos a chance de colaborar para a melhoria do padrão social e econômico dos gaúchos através da expansão da agricultura e pecuária resultante dos negócios desenvolvidos pelos produtores”, comentou.
Conforme o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, o Brasil é peça fundamental da alimentação mundial. “O nosso desejo, o desejo da agricultura brasileira, é ser a maior do mundo em 15 anos. E isso depende muito de quem está sentado aqui nessa sala”, falou para a plateia cheia de produtores rurais que aproveitaram as palestras para aprimorar suas produções.
Claudio de Souza, produtor de trigo, soja, milho e arroz há três anos, veio de Sentinela do Sul até a capital só para participar do evento porque considera que sempre têm o que melhorar. “Quero aprender cada vez mais, e o seminário foi ótimo para adquirir conhecimento”, salientou.
Segundo Gedeão Pereira, o diferencial da Etapa Porto Alegre foi proporcionar uma possibilidade de aumento produtivo para o produtor rural de terras baixas. “O milho é uma cultura de verão, igualmente à cultura do arroz, mas com territórios diferentes. Através das tecnologias de irrigação por sulco-camalhão ou apenas camalhão, a cultura do milho nos garante uma produtividade muito eficiente em termos de preço, também, se compararmos os valores do milho e do arroz. Estamos levando essas tecnologias para a metade sul do estado, principalmente para as terras baixas, como um possível substituto ao arroz, para que o produtor tenha uma nova alternativa”, explicou o presidente da Farsul.