Do alto dos 80

13 abr • NotasNenhum comentário em Do alto dos 80

Como diz a presidente da hipotética Fundação Fernando Albrecht, minha mulher Maria da Graça, nem todos chegam aos 80 como eu cheguei ontem. Igual ao sujeito que caiu do 100º andar ao passar pela metade do prédio, passei do andar 80 e, por enquanto, tudo bem. 

Fernando Albrecht aos sete anos quando morava em São Vendelino e quebrou a perna
Eu, aos sete anos quando morava em São Vendelino e quebrei a perna

Fiz check-up total há 20 dias. E virei chuveiro de tanto furo. Ainda verei o dia em que farão exames de sangue sem furar.

O que posso dizer é que estou firme como colunista do Jornal do Comércio (Pg3 – Começo de Conversa) e blogueio (palavrinha antipática…). E, segundo meus leitores, em plena forma intelectual.

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Já não tenho mais como escalar o Everest. Mas, em caso de necessidade, ainda posso pular muro. Não quer dizer que fique nele.

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Deus, ou quem quer que esteja no comando, deu-me o dom da memória. Posso descrever com detalhes visões da infância, despertadas por odores de comidas e cheiros ambientais.

Minha primeira visão é minha imagem refletida dos óculos do padre Kaspary, em churrasco na nossa casa em São Vendelino, quando eu tinha quatro anos. De lá para cá, rolou muita água debaixo do moinho. Minha Nossa Senhora!

Com 55 anos de jornalismo e 63 de trabalhos outros, já fui bancário, piloto de aeroclube, executivo de crédito imobiliário, trabalhei em rádio e televisão, ator de comerciais de TV, publicitário. E sei lá quantas outras profissões.

Se posso acrescentar, na adolescência, fiz a segunda e terceira vozes da dupla sertaneja Os Canarinhos do Sertão, junto com meu colega Pedro Artur Ody, sucesso em festas de igreja no interior de Montenegro.

Comecei em 1968 como repórter da madrugada da Zero Hora, ainda sob comando do jornalista Ary de Carvalho, que sabia tudo e mais um pouco de jornal. Em março de 1970, ela passou ao comando de Maurício e Jayme Sirotsky. Entrei e saí da RBS quatro vezes, contando com a então TV Gaúcha, ao ser o primeiro produtor do programa Campo e Lavoura.

No início, os jornais eram impressos usando linotipos, enormes máquinas de escrever com tipos de impressão feitos de chumbo derretido. Em meados dos anos 1980, quando fazia o Informe Especial, a ZH foi o segundo jornal do Brasil a usar computador (só para escrever) – o primeiro foi O Globo. Foi o marco do que chamamos hoje de Internet. Um dado gigantesco, devo dizer.

Hoje, o jornalismo está em crise de conteúdo. E de ética, também. Não sei como sairemos dessa, mas faço diariamente minha parte, como o passarinho que despeja do bico uma gota de água para apagar um incêndio florestal.

A não ser que a sorte madrasta me atinja, não me vejo parando de escrever. Sou um escravo das palavrinhas e as amo de paixão.

Alterações no Direito de Família

O Desembargador aposentado pelo TJRS, Arnaldo Rizzardo, autor, parecerista, promoverá uma Aula Magna, a partir das 16h do dia 13 sobre “Lei nº 14.382/22 e as alterações no Direito de Família”. A promoção é da Comissão Estadual das Famílias e Sucessões da ABA/RS e a transmissão acontecerá ao vivo pelo Canal do Youtube da ABA Nacional.

Deu na ZH

A Polícia gaúcha investiga quadrilha que dá o golpe do bilhete premiado e aplica o dinheiro obtido em criptomoedas. Reitero minha posição: em golpe desse tipo tem que prender também a vítima, que quer lucro fácil às custas do pretenso coitadinho.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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