Desinteligência artificial

22 jun • NotasNenhum comentário em Desinteligência artificial

Eis o relato do jornalista José Pedro Jobim advertindo o uso da IA por pescadores de nomes para vender seu peixe. Não mais sossego.

Dizem que cada vez mais as pessoas não prestam atenção nas coisas que leem – seja pela correria do dia a dia, pela abundância de informações que nos circulam ou, eventualmente, por um certo analfabetismo funcional.
Pois ontem (quarta-feira) fiz até um “scout”, como dizem os mais jovens, sobre um pequeno incômodo recorrente associado a este tema.

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Entre mensagens encaminhadas via whatsapp e email, de 8 contatos que eu fiz devida e cordialmente me apresentando com meu nome e cargo completos para profissionais de comunicação e executivos de empresas, eis que:

  • 3 responderam referindo-se a mim como João;
  • 1 respondeu referindo-se a mim como João Pedro;
  • 2 responderam referindo-se a mim como Pedro;
  • 1 respondeu referindo-se a mim pelo exato nome que eu me apresentei quando do envio da mensagem.

Cada vez mais penso em voltar a adotar apenas o meu sobrenome no uso exercício diário das minhas atribuições a fim de mitigar o ruído.

Epílogo

Faço minhas aa observações do Jobim 

O porco surfista

No interior se diz que aquele que exagera ao contar algo “queima campo”. Enchentes sempre dão boas histórias.

https://cnabrasil.org.br/senar

Nos anos 1960, um vizinho nosso em Montenegro foi ver os estragos causados pelo rio Caí, que botou pra fora. Ao voltar, falou que as águas eram tantas que viu um porco vivo em cima de uma laje de pedra. Claro que rimos, mas ele ficou sério.   

– Vocês nem têm ideia de como a correnteza é forte.

Soçobrando na marola

Numa guerra, disse o senador norte-americano, a primeira vítima é a verdade. Não precisa ser uma guerra com armas, pode ser guerra ideológica. Estamos vivendo isso.

Sem falar nos políticos que surfam na mais nova onda. Como não é uma marolinha, periga alguns morrerem afogados.

Ora pro nobis

Cerca de um terço ou até mais dos peixes da Amazônia que são consumidos têm altas doses de mercúrio, metal usado para acelerar a extração de ouro nos garimpos. Ingerido, causa transtornos neurológicos de toda a ordem. E esse metal pesado não tem porta de saída do corpo.

Nos anos 1960, ficou mundialmente famoso o episódio de envenenamento por consumo de peixes com mercúrio de pescadores da baía de Minamata, no Japão. Quem não morreu ficou sequelado seriamente, alguns cegos, outros com problemas circulatórios e cardíacos. 

E os taxistas, como vão?

Mal. Apesar da concorrência dos aplicativos, a tarifa estão há oito meses sem reajuste. O movimento em si até daria para quebrar o galho, mas a inflação comeu tudo. Um pneu que custava R$ 180/200 hoje custa R$  500. 


Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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