Dedo gaúcho no Superbowl

14 fev • NotasNenhum comentário em Dedo gaúcho no Superbowl

O gaúcho Patrick Matzenbacher, filho do médico porto-alegrense Carlos Frederico Matzenbacher, meu amigo, criou as personagens Dina e Mita para promover Doritos Dinamita no Super Bowl. O comercial foi muito bem recebido pelo público e pela mídia especializada.

A peça publicitária ficou no Top 10 do USA TODAY Ad Meter, e também está na lista de melhores comerciais para o Super Bowl 2024 do New York Times, CBS, Entertainment Weekly, Variety, entre outros. O nome da agência onde trabalho é Goodby Silverstein & Partners. Desnecessário dizer que ambos, pai e filho, estão sorrindo de orelha a orelha.

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Coisa de cachorro quente

Quando se analisa eventos grandiosos nos Estados Unidos, é preciso levar em conta que eles significam montanhas de dólares. E não apenas para as equipes e os atletas.

Há toda uma cadeia que deixa eventos brasileiros no chinelo em matéria de faturamento. Para começar, um comercial de 30 segundos na TV custou 7 milhões de dólares, o que dá em torno de R$ 35 milhões. Por comercial, enfatizando.

Pobres chineses

Nos próximos meses veremos desdobramentos da crise chinesa que afetarão a economia internacional (além dela, claro), inclusive a brasileira. Sabemos que há uma bolha imobiliária gigantesca, que já empobreceu dezenas de milhões de chineses. Eles pagaram a casa própria e não verão o imóvel porque as construtoras também quebraram.

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Shoppings gigantes vazios, sem lojas e público. Por todo canto, a crise grita alto, uma dívida interna monstruosa. Mas e o governo, vai intervir?

Segundo o analista Ricardo Sondermann, não só não vai como fará questão de deixar a bolha estourar de vez, fazendo BUM! para tudo quanto é lado. Ocorre que o núcleo duro do estamento estatal é constituído de comunistas desgostosos com o neocapitalismo chinês. Temem que as horas ricas do boom capitalista passem a reclamar o que eles não querem nem ouvir falar: liberdade, o fim do regime comunista.

Aí é que entra a perversidade dessa estratégia. Quando você tem Ferrari, triplex, vive nababescamente, bebe champanhe francesa de mil euros a garrafa clamar por liberdade tem eco. Mas se você perdeu tudo da noite para o dia, faz como cachorro, bota o rabo entre as pernas e sai de mansinho. Toda uma geração de milionários e bilionários vai ter que voltar para seu canil e se tornar novamente insignificante.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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