De volta ao tílburi

9 mar • NotasNenhum comentário em De volta ao tílburi

Com o petróleo acima de 130 dólares o barril (157 litros) com perspectiva de ir a 150 ou até mais, se guerra santa de Putin recrudescer,  é bom ficar de olho nos arreios para os que têm cavalos. Se a Petrobras repassar os preços, encher o tanque será peça de ficção. Se não repassar, ela quebra. Então poderemos voltar aos tempos nostálgicos do tílburi e das carroças.

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Apesar de tornar a vida tal como a temos extremamente difícil, considere o lado positivo. As carroças de Porto Alegre voltariam para puxar frete, outras podem ser como lotações. É só anexar um reboque. Tílburis, meus caros, estão para a tração animal como os carros esporte de dois lugares.

Bosta do bem

Ah, mas vai ter muito cocô de cavalo nas ruas, dirão. Ok,  mas bosta de equino vira adubo e bosta da de descarga de carro é poluente. Com alguns quilos de capim bem nutritivo  – a octanagem da gasolina – e uns 5 ou 6 litros de água comum (não precisa ser mineral) um cavalo roda tranquilamente um dia inteiro.

https://cnabrasil.org.br/senar

Huber, um outro olhar

Os fiscais de trânsito passariam a multar e apreender carroças caso o carroceiro trate mal ou alimente mal os cavalos. Não teríamos esse estresse todo de trânsito. O Huber e outros aplicativos de transporte só trocaram os fios, mas a função seria a mesma.

Sem buzinaços

Carroça e tílburi não têm buzina irritante, fazem de 0 a 20 km por hora em…algum dia. As mortes no trânsito cairiam  brutalmente. Veículos motorizados só para o Samu, Polícia e Bombeiros. Os estacionamentos seriam transformados em albergues para os sem-teto e pobres. Os postos de combustíveis venderiam alfafa, capim e água.

Sem descarga

Sem falar que cavalo não tem descarga aberta produzindo barulho infernal. Ah, mas o pum! Destrói o ozônio e causa efeito estufa. Negativo, cavalos, bois e vacas, quadrúpedes em geral produzem metano biológico, que é absorvido rapidamente pela natureza. Já se provou isso. Quem produz muito metano é plantação de arroz.

Bueno, que tal voltarmos ao tílburi?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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