De volta ao tílburi
Com o petróleo acima de 130 dólares o barril (157 litros) com perspectiva de ir a 150 ou até mais, se guerra santa de Putin recrudescer, é bom ficar de olho nos arreios para os que têm cavalos. Se a Petrobras repassar os preços, encher o tanque será peça de ficção. Se não repassar, ela quebra. Então poderemos voltar aos tempos nostálgicos do tílburi e das carroças.
Apesar de tornar a vida tal como a temos extremamente difícil, considere o lado positivo. As carroças de Porto Alegre voltariam para puxar frete, outras podem ser como lotações. É só anexar um reboque. Tílburis, meus caros, estão para a tração animal como os carros esporte de dois lugares.
Bosta do bem
Ah, mas vai ter muito cocô de cavalo nas ruas, dirão. Ok, mas bosta de equino vira adubo e bosta da de descarga de carro é poluente. Com alguns quilos de capim bem nutritivo – a octanagem da gasolina – e uns 5 ou 6 litros de água comum (não precisa ser mineral) um cavalo roda tranquilamente um dia inteiro.
Huber, um outro olhar
Os fiscais de trânsito passariam a multar e apreender carroças caso o carroceiro trate mal ou alimente mal os cavalos. Não teríamos esse estresse todo de trânsito. O Huber e outros aplicativos de transporte só trocaram os fios, mas a função seria a mesma.
Sem buzinaços
Carroça e tílburi não têm buzina irritante, fazem de 0 a 20 km por hora em…algum dia. As mortes no trânsito cairiam brutalmente. Veículos motorizados só para o Samu, Polícia e Bombeiros. Os estacionamentos seriam transformados em albergues para os sem-teto e pobres. Os postos de combustíveis venderiam alfafa, capim e água.
Sem descarga
Sem falar que cavalo não tem descarga aberta produzindo barulho infernal. Ah, mas o pum! Destrói o ozônio e causa efeito estufa. Negativo, cavalos, bois e vacas, quadrúpedes em geral produzem metano biológico, que é absorvido rapidamente pela natureza. Já se provou isso. Quem produz muito metano é plantação de arroz.
Bueno, que tal voltarmos ao tílburi?
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