Culpa de quem mesmo?

1 abr • NotasNenhum comentário em Culpa de quem mesmo?

Quando a imprensa pega no pé de alguém com fúria fica cega para verdades que chegam a doer nos olhos e apagar a memória, logo ela que deveria tê-la de sobra. Um exemplo: em julho do ano passado o UOL informava que a vacina Oxford seria entregue até dezembro, promessa do fabricante. Não entregaram. De quem é a  culpa? Do Capitão.

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Problemas em excesso

O presidente Bolsonaro tem dois pepinos gigantes para resolver no curto e médio prazos. Um é o que ele mesmo plantou ao promover oficiais generais fora do critério da antiguidade, o que ele teve o bom senso em corrigir. Briga com quartel é abrir outro front. Antiguidade é posto, lei verde-oliva sagrada. O outro é conseguir governabilidade sem dar muita corda para o Centrão.

Se, se, se…

Se conseguir se safar dessa, se as vacinas baixarem drasticaente casos e mortes, se a economia reagir, se a venda aumentar, ele pode encarar 2022 com chance. Para o povo terá sido ele. Mas é muito se.

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O barril de maçãs

A Câmara dos Deputados é um barril cheio de maçãs, algumas podres que contaminam os frutos sadios. O Centrão é uma pústula difícil de ser furada. Difícil achar mecanismo de chantagem tão eficiente. Toda ira dirigida a Bolsonaro deveria ser compartilhada com o congresso.

Eu prometo

Pior é a demagogia. De olho nos votos da base, querem aumentar o valor do fundo de emergência sabendo que não há dinheiro. E mesmo que tivesse, Bolsonaro não poderia dar porque cometeria crime de respinsabilidade fiscal. E com isso, pode sofrer impeachment.

Querem que o homem se suicide mais ainda.

Paisagem de desolação

De uma forma geral, os legislativos muitas vezes foram irresponsáveis em muitas questões vitais. A Câmara dos Deputados falhou miseravelmente muitas vezes, posto que é retrato da sociedade brasileira. Nestes 53 anos de jornalismo, vi grandes parlamentares e partidos sendo coerentes pelo menos por algum tempo. Mas foi piorando no correr dos anos.

Deserto de homens e de ideias

Ninguém mais se candidata pensando em ajudar e melhorar a sociedade, o  mesmo povo que enche a boca nos discursos. São movidos por interesses pessoais, políticos e ideológicos. No primeiro dia do mandato, já pensam como se reeleger. E fazem leis dirigidas a setores ou profissões com maior potencial de votos. A maioria encoberta pela lona do baixo clero. São inúteis para os outros, só para eles mesmos.

A máquina

O Congresso atual é uma máquina monstruosa e cara movida por interesses eleitoreiros plantada num pântano e afundando na mediocridade.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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