Culpa de quem mesmo?
Quando a imprensa pega no pé de alguém com fúria fica cega para verdades que chegam a doer nos olhos e apagar a memória, logo ela que deveria tê-la de sobra. Um exemplo: em julho do ano passado o UOL informava que a vacina Oxford seria entregue até dezembro, promessa do fabricante. Não entregaram. De quem é a culpa? Do Capitão.
Problemas em excesso
O presidente Bolsonaro tem dois pepinos gigantes para resolver no curto e médio prazos. Um é o que ele mesmo plantou ao promover oficiais generais fora do critério da antiguidade, o que ele teve o bom senso em corrigir. Briga com quartel é abrir outro front. Antiguidade é posto, lei verde-oliva sagrada. O outro é conseguir governabilidade sem dar muita corda para o Centrão.
Se, se, se…
Se conseguir se safar dessa, se as vacinas baixarem drasticaente casos e mortes, se a economia reagir, se a venda aumentar, ele pode encarar 2022 com chance. Para o povo terá sido ele. Mas é muito se.
O barril de maçãs
A Câmara dos Deputados é um barril cheio de maçãs, algumas podres que contaminam os frutos sadios. O Centrão é uma pústula difícil de ser furada. Difícil achar mecanismo de chantagem tão eficiente. Toda ira dirigida a Bolsonaro deveria ser compartilhada com o congresso.
Eu prometo
Pior é a demagogia. De olho nos votos da base, querem aumentar o valor do fundo de emergência sabendo que não há dinheiro. E mesmo que tivesse, Bolsonaro não poderia dar porque cometeria crime de respinsabilidade fiscal. E com isso, pode sofrer impeachment.
Querem que o homem se suicide mais ainda.
Paisagem de desolação
De uma forma geral, os legislativos muitas vezes foram irresponsáveis em muitas questões vitais. A Câmara dos Deputados falhou miseravelmente muitas vezes, posto que é retrato da sociedade brasileira. Nestes 53 anos de jornalismo, vi grandes parlamentares e partidos sendo coerentes pelo menos por algum tempo. Mas foi piorando no correr dos anos.
Deserto de homens e de ideias
Ninguém mais se candidata pensando em ajudar e melhorar a sociedade, o mesmo povo que enche a boca nos discursos. São movidos por interesses pessoais, políticos e ideológicos. No primeiro dia do mandato, já pensam como se reeleger. E fazem leis dirigidas a setores ou profissões com maior potencial de votos. A maioria encoberta pela lona do baixo clero. São inúteis para os outros, só para eles mesmos.
A máquina
O Congresso atual é uma máquina monstruosa e cara movida por interesses eleitoreiros plantada num pântano e afundando na mediocridade.