Cresça e desapareça
A tendência de queda nos impressos começou há cinco anos, coincidentemente com o avanço das versões digitais. Por mais que nós veteranos preferimos impresso, é forçoso reconhecer que o virtual é o futuro. Na minha opinião, os impressos terão que ser analíticos, revistas quase, mas com menor tiragem.
Leitores fatiados
A questão é saber os nichos, em quais faixas etárias, sociais e econômicas se concentram os leitores do velho e bom jornal, e quais camadas deixaram de ler alguns jornais pelo excesso de pauladas diárias no governo, não necessariamente adeptos de Bolsonaro. Em resumo, quais e quantos são os rebeldes.
Na UTI
Desses números do Poder360/IVC podemos extrair algumas certezas, como as expostas acima. E como fui nascido, criado e trabalhado no jornais de papel e tinta, fico penalizado. Um grande e velho amigo vai morrendo.
Nasce e morre
Nos anos áureos, uma das máximas inesquecíveis da profissão era que não existe nada mais velho do que o jornal de ontem: com as versões digitais atualizando as informações várias vezes por dia, não existe nada mais velho do que o jornal de hoje. Parágrafo único: desconsiderando os que os leem mastigando as frases pelo prazer de ler.
A soberba das Marias
A grande e irrespondível pergunta é quantos leitores a mais teríamos se os periódicos oferecessem o que as pessoas gostariam de ler além do Maria vai com as outras.
Enquanto isso, nos Esteites…
O New York Times está aprimorando a pronta divulgação de eventos não programados, as últimas; e capricha mais nos programados, como as Olimpíadas e eleições, eventos conhecidos por aumentar o tráfego de leitores. Interessante observar que os caras que cuidam desse sistema na retaguarda são engenheiros e não jornalistas.
O último encontro
Na segunda metade dos anos 1960, tínhamos uma fiel roda no bar Stylo, na esquina da Independência com a Garibaldi, hoje loja Panvel. Varávamos noites surfando ondas de alegria e camaradagem. Pois sábado tivemos a triste notícia de uma baixa, o psiquiatra Luís Antônio Ortiz Martins, vitima de câncer. Que dia ruim
É para ver como são as coisas. Da última que o vi, na esquina da Ramiro com a Independência, faz duas semanas, despedi-me dizendo como foi bom tê-lo encontrado. Já indo embora, ele me disse a mesma frase. Deve ter falecido um dia ou dias depois.