Corrida etílica
As corridas de Fórmula 1 são prova da precocidade cada vez maior nas corridas. Ao contrário de pilotos de antigamente, os de hoje precisam ter um preparo físico impressionante.
Não só para aguentar horas de corrida com concentração absoluta, como também para suportar as forças G violentas. O pescoço sofre barbaridade.
Contrasta com os pilotos de antigamente. Poucos eram novos. Boa parte era barriguda, fumava, bebia e tinha vida sedentária.
Claro, as velocidades eram menores. O falecido advogado e professor Fernando Jorge Schneider certa vez me contou a história de amigo dele, piloto de carretera (do espanhol estradas de chão batido) nas horas vagas. Carreteras, usadas até o final dos anos 1960, eram modelos de rua depenados para perder peso e, geralmente, com um potente motor V8 de outra marca.
Foi no circuito Cavalhada-Vila Nova, em Porto Alegre. O cara estava tão na frente que parou num boteco do bairro, deixou o motor ligado, bebeu uma cerveja, fumou um cigarro e voltou à disputa. E venceu.