Como tudo começou, como tudo terminará

3 abr • Sem categoriaNenhum comentário em Como tudo começou, como tudo terminará

Nos primórdios, o homem conseguia mexer as orelhas para captar sons de presas ou a chegada de predadores. Também conseguia mexer o nariz para captar odores de comida ou a murrinha dos predadores, os grandes felinos.

https://www.banrisul.com.br/bob/link/bobw02hn_promocao.aspx?secao_id=3070&utm_source=fernando_albrecht&utm_medium=blog&utm_campaign=portabilidade_consignado_inss&utm_content=escala_600x90px

Passaram-se centenas de milhões de anos até chegar ao estágio atual. Não conseguimos mais mexer as orelhas quase nada do nariz. No máximo, franzimos a testa.

Os braços eram musculosos, os ossos eram fortes, pelo constante exercício da luta pela sobrevivência. Os pés eram largos para manter o equilíbrio em fugas rápidas ou no encalço das presas.

O centro de gravidade também ajudava o equilíbrio, portanto não eram altos como hoje. Enxergavam razoavelmente bem no escuro, pelo menos melhor que o hoje.

https://cnabrasil.org.br/senar

Os pulmões eram grandes e, por isso, exigiam tórax largo. Com o passar do tempo e com o uso de ferramentas, o corpo humano evoluiu para o estágio da lei do menor esforço.

Nem janelas de carros abrimos manualmente. Para subir um andar, queremos uma escada rolante ou elevador. Os músculos ficaram flácidos e, para torná-los novamente musculosos, só frequentando academia.

Quem aumentou de tamanho, pelo aprimoramento do uso, foi o cérebro. O ser pensante passou a produzir máquinas cada vez mais sofisticadas e as ciências do espírito criaram filósofos que são atualíssimos até hoje, gênios da filosofia gregos, romanos entre outros.

Aos poucos, a preguiça passou a exigir cada vez menos do corpo humano. Os cérebros, em compensação, voltaram-se para coisas práticas. As artes evoluíram, mas nem perto do que foi feito no passado, esculturas, pinturas, música e outras manifestações artísticas.

O cérebro humano então criou o cérebro eletrônico, o computador. De evolução em evolução, chegamos ao estágio de telefones celulares cada vez maiores e computadores cada vez menores.

Robôs e algoritmos amestrados que passaram a pensar pelo que os criou e dele usufruir, embora eles não pensem. Deles se apropriou da Inteligência Artificial, máquinas difusas que criaram vida própria, dispensando o conhecimento acumulado. No auge da insanidade, nem ler ou escrever precisaremos mais. Tudo estará na gôndola eletrônica.

O corpo humano será reduzido a uma massa disforme com bracinhos finos por falta de uso. A evolução atingirá os dedos, hoje grandes demais para digitar teclados de celulares. Polegares, indicadores e o dedo maior, serão fininhos como caniço de bambu.

Dependendo da evolução dos teclados, eles também serão menores. Quem vai querer tela larga se virá a holografia?

Meu único consolo é não estar mais aqui quando essa loucura geral (LG) se instalar e acabar de vez com a raça humana. Talvez sobrem alguns aborígenes de terras remotas para começar tudo de novo. Eles serão futuro, e o ciclo se repetirá.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »