Coca-Cola 100% digital
A gigante de refrigerantes decidiu experimentá-la lançando seu primeiro comercial inteiramente feito com “Stable Diffusion”, a tecnologia de geração de imagens por Inteligência Artificial (IA). Os protagonistas saem de pinturas e esculturas famosas de Warhol, Vermeer, Van Gogh, Turner e Munch, em um Museu, e se organizam para entregar uma garrafa do icônico refrigerante a um jovem.
O resto vocês verão no vídeo. Já descrito por muitos como “uma obra de arte” e por outros como “o melhor comercial dos últimos anos”.
Olha, eu tenho dúvida se é o melhor dos últimos anos. É como escolher o melhor filme que se viu ou livro que se leu. Só dá para escolher o melhor quem só leu ou viu dois. Já vi comerciais maravilhosos feitos por pessoas de carne e osso que são melhores que esse da Coca Cola, que ganha esse status por ter sido feito via IA.
A preparação do desastre
Tenho medo dessa IA. Primeiro, porque vai liquidar com um número incalculável de profissionais de todas as áreas, publicitários no caso. Pode aniquilar assessorias de imprensa – é só botar o que deseja em toques ou assunto no Chat GPT. O escritor Isaac Asimov previu isso. Já cansei de citá-lo neste blog.
Todo o poder aos robôs, abaixo os humanos. Esse é o lema que guiará a humanidade nos próximos anos. Não é nem se, é quando.
Insensatez
Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total e cruel insensatez
Aí pergunto a Deus: escute, amigo
Se foi pra desfazer, por que é que fez?
Reforma sim, aumento não
Voz forte em nome da sociedade. Na manhã de ontem (18), a OAB gaúcha realizou uma audiência pública para debater um tema caro para o cidadão: a Reforma Tributária. Na oportunidade, o presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, reafirmou o posicionamento da instituição contra qualquer espécie de aumento de carga tributária.
Além disso, a OAB/RS e demais entidades que integram o Fórum dos Conselhos Profissionais do RS deixaram claro que não são contra a necessidade de uma Reforma, porém, destacam que, atualmente, ela impactará diversos profissionais liberais de forma negativa – cerca de 40% de aumento de impostos a mais.
Poucas & Boas
Pegando carona no modismo das startups, nome novo para novos negócios, pergunto se eu abrir uma casa suspeita como mulheres de vida variada posso enquadrá-la como startup?
Troca-troca no aplicativo
Uma dessas cantoras pop contou no seu Instagram que pagou a corrida de um aplicativo com as calcinhas. Usadas. Tirou-as na hora.
Escambos pela frente
Se a moda pega, veremos a volta dos escambos, troca de uma mercadoria por outra. Como foi no início dos tempos até aparecer o dinheiro e, depois, a nota promissória.
Sociedades milenares trocavam alimentos por ferramentas ou vice-versa. Na Idade Média, mulheres serviam como moeda de troca, época em que já vigorava o dote, que impera até hoje em algumas regiões e etnias. Tribos africanas permitiam o casamento das mulheres em troca de bois.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
