Celular e corpo, dois em um
A rigor, o celular é um eletrodoméstico. A internet das coisas permite vigiar e modificar sua casa – desde a luz externa até acessar câmaras de vigilância e ligar ou desligar – do micro-ondas ao liquidificador. Empresários usam para dar uma geral na sua empresa e até verificar se o guarda está acordado ou dormindo. Não há dúvidas que o aparelho que antigamente só falava e ouvia vai ser seu companheiro por toda a vida.
Não há dúvidas que, em um tempo relativamente curto, sua tela será substituída por hologramas e será cada vez menor. Creio que, de redução em redução, ele será como um marcapasso ou até menor. Digamos um microchip implantado em seu corpo. Mas, e a bateria, perguntarão vocês. Aí é que entra a nanotecnologia.
Há muito espaço lá embaixo, disse o criador Richard Feynmann. Microengrenagens injetadas nas veias movidas pelo calor do corpo farão nanocirurgias, limparão artérias obstruídas e removerão tumores microscópicos antes que ofereçam perigo.
Neste ponto vem um problema ético. Chegará o tempo em que implantarão um microcelular nos recém-nascidos. Será do tamanho de 1 nanômetro, o equivalente a um grão de areia em uma praia de mil quilômetros. Perceberam o que Feynman quis dizer com “há muito espaço lá embaixo”?
Ok, você que me lê e duvida. Se tem mais de 40 anos, diga-me uma coisa: na sua juventude, achava que ver filme e ter computador em um pequeno telefone de bolso seria algo que veria em vida?
A questão ética é: podem os pais decidir se os bebês serão vigiados e monitorados pelo resto da vida?
Auto de Natal
Com três apresentações, o espetáculo Auto de Natal emocionou e levou mensagens de paz e de amor ao próximo dentro da programação do 34° Sonho de Natal de Canela.
Daltro Franchini
Morreu o publicitário Daltro Franchini, um dos principais nomes da propaganda gaúcha e brasileira nos 70 a 90. Foi presidente da ABAP, presidente do primeiro Festival de Publicidade de Gramado, presidente da Símbolo Propaganda, uma das maiores do mercado do RS.