Campo Futuro apresenta resultados para o RS

20 jul • O Brasil que funcionaNenhum comentário em Campo Futuro apresenta resultados para o RS

Os dados levantados pelo programa Campo Futuro, uma realização da CNA com Esalq/CPEA e que tem a participação da Farsul no Rio Grande do Sul, apontam para uma queda de produtividade em todas as culturas na última safra, inclusive nas irrigadas. As informações foram compiladas e já estão disponíveis no Farsul Big Data com a série história dos resultados.

Conforme o economista da Farsul, Ruy Silveira, um dos responsáveis pelo levantamento no estado, os custos ligados à colheita, como frete e operação mecânica, não aumentaram tanto quanto os insumos. O grupo Fertilizantes foi quem mais pressionou o custo total. As receitas também tiveram quedas consideráveis.

O arroz irrigado teve uma quebra grande, conforme aponta Silveira. “Geralmente essa quebra é em enchente, mas a estiagem gerou perdas consideráveis”, comentou. Indicando que os valores de fertilizantes quase dobraram na última safra. Em Uruguaiana, o levantamento indica que, para cobrir o custo total, o prejuízo das lavouras foi de R$ 1.035,00 por hectare. “Além disso, mesmo que a quebra de produtividade do arroz tenha sido menor de uma forma geral no estado, tivemos queda de 1cerca de 10% nos preços”, indicou.

Na soja, principal cultura do estado atualmente, a queda de produtividade foi de 44% de uma forma geral. Mas, na região com maior concentração de lavouras, a quebra foi de 61%. Já as regiões Sul e Litoral tiveram uma perda menos acentuada, em torno de 20%. “Em praticamente todas as praças levantadas os produtores fecharam com prejuízo em todos os níveis de custos. Já largaram perdendo. Mesmo com aumento médio de 28% no preço, não foi suficiente para cobrir”, avaliou Silveira que apontou Tupanciretã como o painel com pior resultado.

A produtividade média teve uma queda de 59 sacos por hectare para 13. Aqueles produtores que conseguiram implantar uma segunda safra com irrigação, diminuiu o prejuízo do sequeiro. “Produtor que irrigou teve queda. Mas, conseguiu cobrir custo total, teve preço”, analisou o economista.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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